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Motivo de Lulinha mudar para Espanha gera desconfianças na CPMI

Na mira das investigações da Polícia Federal e da CPMI do INSS, Fábio Luis Lula da Silva, filho do presidente Lula, se mudou para Madri , na Espanha, em meados deste ano. A informação do destino de Lulinha foi revelada pela coluna em julho.
Nesta quinta-feira, o Poder 360 revelou e a coluna confirmou que um assessor do Careca do INSS, principal operador do esquema que desviou dinheiro de aposentados e pensionistas, disse, em depoimento à Polícia Federal que Lulinha recebia um “mensalão” do grupo no valor de R$ 300 mil ao mês.
A oposição quer saber agora se a saída de Lulinha do Brasil revela que ele teve acesso antecipado aos fatos ou uma forma de tirá-lo do Brasil no momento em que o Congresso apontava para a criação de uma CPMI, que teria acesso e todos os documentos da Polícia Federal acerca das investigações.
Desde que a comissão de inquérito foi criada, Lulinha foi mencionado várias vezes por deputados durante os trabalhos. O suposto envolvimento do filho do presidente está entre os motivos de a oposição ter insistido na criação da CPMI, que também mira o irmão do presidente, Frei Chico, diretor do Sindipi, sindicato investigado pela PF por descontos ilegais nos contracheques de milhares de aposentados.
“Todos os caminhos levam ao PT. O filho do presidente é um foragido. Tem que explicar a mesada para o filho do presidente”, disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).
Em Madri, segundo apurou a coluna, Lulinha prestaria consultoria para empresas espanholas que atuam no Brasil. Procurado, nunca respondeu aos questionamentos sobre o assunto.
No primeiro governo de Lula, Lulinha foi protagonista de um escândalo que marcou a gestão do pai. Regras foram alteradas para beneficiar a Oi, Telefônica na época, ao mesmo tempo em que a empresa fez um aposte milionário numa empresa de Lulinha, a Gamecorp. Antes de virar milionário com essa transação, Lulinha era estagiário num jardim zoológico.
Na ocasião, Lula disse que o filho era o “Ronaldinho dos negócios”, em alusão do jorgador Ronaldo fenônemo que estava no auge.
No caso do INSS, o governo tem afirmado que foi na gestão Lula que as investigações começaram.









