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GERAL

Muitos fazem isso sem pensar, mas abaixar o volume da música ao estacionar pode ser um sinal de que sua mente precisa de ajuda

Publicado em

(Imagem: Michael Fousert/Unsplash)

Para muitos, estacionar é um “ritual” que inclui abaixar o volume do som antes de manobrar para entrar em uma vaga difícil. Não se trata apenas de um hábito estranho, mas de uma ação intimamente relacionada à forma como o cérebro humano otimiza a concentração em momentos críticos.

Segundo Victoria Bayón, especialista em otimização cerebral, o cérebro tem um limite na capacidade de processar informações. Ao tentar realizar uma tarefa desafiadora, como estacionar em uma vaga apertada, esse órgão precisa reduzir os estímulos para se concentrar totalmente na tarefa. Então não é um erro dizer que você precisa abaixar o som para poder enxergar melhor, por mais estranho que isso possa parecer.

O efeito da música e de outros estímulos na nossa atenção

A música pode parecer apenas um pano de fundo para criar uma atmosfera durante a execução de uma tarefa. No entanto, ela se torna uma informação adicional que o cérebro precisa processar paralelamente à atividade principal. O esforço é maior ao ouvir músicas com letras, pois estas exigem muito mais do cérebro.

Bayón explica que, ao realizar uma tarefa importante, é necessária grande precisão. Para se concentrar totalmente nela, o cérebro elimina tudo o que é desnecessário naquele momento. É por isso que, quando alguém estaciona, instintivamente abaixa o volume ou ignora conversas de fundo. O mesmo acontece quando se está a 100 km/h em uma rodovia e do nada é preciso fazer uma redução brusca por conta de obras, pedágios e etc..

A atenção é um recurso limitado

Vários estudos mostraram algo que basicamente já sabíamos: o cérebro não é multitarefa, portanto, não é capaz de fazer várias coisas ao mesmo tempo com eficiência. O que ele realmente faz é mudar rapidamente o foco de atenção, o que diminui a qualidade da concentração. Quando alguém está estacionando, sua atenção precisa ser dividida entre a música, o ruído ambiente e a manobra do carro.

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Hal Pashler, professor de psicologia na Universidade da Califórnia, estudou a interferência que ocorre quando o cérebro é forçado a dividir sua atenção entre atividades simultâneas. Isso demonstra que sua capacidade de processamento é limitada quando é superestimulado. Para ser “multitarefa”, o cérebro precisa que uma das tarefas simultâneas seja algo muito automático. Se tiver duas coisas que precisam de atenção, ele vai ficar alternando rapidamente o foco entre elas.

Outro exemplo prático é nos games: jogar e conversar (sobre outro asssunto) ao mesmo tempo é muito mais difícil do que jogar calado. Principalmente se você estiver em alguma parte bem difícil que exige o máximo de concentração. Esse comportamento é fácil de identificar ao acompanhar streamers de diversos tipos de jogos: de boss fights nos soulslikes até partidas das Finais do Champions no EA Sports FC.

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