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GERAL

Mulher espancada dentro de elevador precisou de malha de titânio para reconstruir rosto

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Homem agride namorada dentro de elevador em Natal-RN Foto: Divulgação/Polícia Civil RN

Juliana Soares, que foi espancada pelo então namorado dentro de um elevador em Natal (RN), precisou passar por uma cirurgia de reconstrução dos ossos do rosto tendo que, inclusive, colocar uma malha de titânio em uma das cavidades, explicou o médico responsável pelo tratamento ao Terra.

“Foram utilizadas placas e parafusos para reconstrução das áreas atingidas: as maçãs do rosto, a camada de osso que sustenta os globos oculares, a maxila e a cabeça da mandíbula (…)  Além disso, houve necessidade de colocação de uma malha de titânio na estrutura da órbita, para substituir o osso perdido e dar suporte ao globo ocular”, contou Kerlison Paulino de Oliveira, Cirurgião-Dentista especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial.

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Juliana foi agredida pelo ex-namorado Igor Eduardo Pereira Cabral no último sábado, 26. Após a agressão, que começou no 16° andar e seguiu até o térreo, ela foi auxiliada pelo porteiro do prédio e também por moradores que chamaram a emergência e a polícia para atender a ocorrência.

A mulher de 35 anos foi atendida na urgência do Hospital Walfredo Gurgel (HWG), antes de ser encaminhada até o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), onde recebeu os cuidados de Kerlison.

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A vítima contou à Polícia que nunca tinha solicitado medida protetiva contra Igor, mas, quando preencheu o Formulário Nacional de Avaliação de Risco junto da delegada, informou que foi agredida com um empurrão e que, em outras ocasiões, ela realmente conversava com ele sobre a possibilidade de tirar a própria vida.

Igor deferiu mais de 60 socos na direção de Juliana em um curto período de tempo. Ela ficou coberta de sangue.  Apesar das lesões, o Dr. Kerlison disse que ela já consegue falar, porém, tem limitações causadas pela cirurgia.

“Essa condição está dentro do esperado. No entanto, permanecerá com dieta pastosa por um período, mais longo do que o habitual, devido à severidade do caso. Iremos evoluindo lentamente na dieta até que possa ingerir alimentação mais consistente”, disse ele.

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Ele afirmou ainda que não se pode garantir que Juliana não terá sequelas da agressão e que ela deve ser monitorada por alguns meses pelos profissionais do hospital.

Segundo ele, uma agressão como essa pode ser similar a um acidente automobilístico, devido à gravidade das lesões sofridas pela mulher.

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Ao Terra, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte informou que o agressor passou por audiência de custódia no fim de semana e teve a prisão preventiva decretada.

“Pelo grau das lesões, ele foi autuado por tentativa de feminicídio, e as investigações seguirão nessa linha. Ela realmente estava muito machucada”, afirmou a delegada Victória Lisboa, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher das Zonas Leste, Oeste e Sul de Natal (DEAM/ZLOS).

 

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