GERAL
Mulher transexual acusa assistente social e ativista político de agressão em Rio Branco
A ex-apresentadora e mulher trans, Michele Queiroz, registrou um Boletim de Ocorrência contra o assistente social, ativista político e ex-canditado a prefeitura de Rio Branco em 2016, Carlos Gomes, por agressão, na 1ª Regional da Polícia Civil nesta semana.
O delegado de polícia civil, Judson Barros, afirmou que ouviu Michele e Carlos que também registrou um Boletim de Ocorrência.
“Ela disse que foi agredida por Carlos e que entendeu que foi uma agressão motivada por misoginia que foi agredida pela condição de ser uma mulher trans, Carlos também registrou um Boletim de Ocorrência alegando que Michele o agrediu, temos a versão de ambos que nesse primeiro momento se contrapõem, precisamos agora ouvir as testemunhas para corroborar uma versão ou outra”, informou o delegado.
Michele afirma que saía do Mercado do Bosque no inicio da manhã quando recebeu um cuspe de Carlos e ao questioná-lo do motivo foi agredida. Carlos afirma que estava entrando no Mercado do Bosque quando houve uma agressão por parte de Michele, mas que a situação não se evoluiu, pois pessoas interviram.
De acordo com o delegado, Judson Barros, Michele realizou um exame de corpo de delito “precisamos ouvir as testemunhas, pois não há imagens de câmeras de segurança no momento da suposta agressão e precisamos saber ouvir as testemunhas para que possamos encaminhar o caso ao judiciário”, afirmou o delegado.
Carlos Gomes publicou uma nota de esclarecimento sobre o caso, confira na íntegra:
Nota de esclarecimento
Sobre os questionamentos do caso em que ocorreu no final de semana em que fui envolvido, esclareço que, de fato, houve uma confusão no Mercado do Bosque, levei um tapa dessa pessoa enquanto passava pelo local. Retornei para questionar o motivo, houve um princípio de confusão, eu apenas me defendi. Em seguida me retirei do Mercado do Bosque.
Registrei um boletim de ocorrência e estou com o advogado acompanhando o caso na busca dos meus direitos.
Não me omiti e nem fugi das minhas responsabilidades, registrei um boletim de ocorrência sobre o fato e já fui ouvido pela Polícia.
Sem mais, reafirmo meu total repúdio a quaisquer formas de discriminação a orientação sexual e identidade de gênero. E refuto essa narrativa fantasiosa.
Em tempo, ao final do processo me manifestarei, antes, todavia, irei buscar na justiça a reparação devida.
Carlos Gomes