Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

Naime admite falha da PM e diz não ter sido informado sobre relatório da Abin

Publicado em

Jorge Naime, coronel da PM-DF, em depoimento à CPMI do 8 de janeiro — Foto: Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O ex-chefe de operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Naime, afirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) emitiu um relatório sobre os riscos de invasão a prédios públicos na manhã do dia 8 de janeiro, quando invasores depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Nesta segunda-feira (26), ele prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Naime diz que o relatório foi emitido às 10 da manhã daquele dia, mas não foi repassado ao Departamento de Operações da PM-DF.

“Causa estranheza ter uma informação dessa tão precisa às 10h da manhã da Abin, e o Secretário [de Segurança em exercício do DF] sequer acionou o Gabinete de Gestão de Crise”, disse, referindo-se ao então secretário Fernando de Sousa Oliveira.

Continua depois da publicidade

“Ou as agências de informação não passaram isso para o Secretário nem para o Comandante-Geral, ou passaram isso para o Secretário e o Comando-Geral, e eles ficaram inertes, não tomaram providência, porque tiveram cinco horas para tomar providência a partir do momento que esse grupo recebeu essa informação”, complementou.

Em outro momento da oitiva desta segunda, Jorge Naime reconheceu que houve erro por parte da Polícia Militar, que não fez um planejamento adequado ao tamanho da manifestação.

Está claro que a PM falhou, porque ela fez um planejamento subestimado por conta de que as informações que foram dadas sexta-feira eram diferentes das informações que tinha no domingo, 10 da manhã. E ninguém chegou à Coordenação de Operações as informações das 10 horas da manhã”.

Jorge Naime, que está há cinco meses no Complexo Penitenciário da Papuda, foi um dos alvos da Operação Lesa Pátria, deflagrada em função dos atos de 8 de janeiro. Naime tirou folga alguns dias antes dos atos criminosos e não estava em serviço na invasão e destruição das sedes dos Três Poderes.

O militar foi convocado para comparecer como testemunha. Assim, ele tem a obrigação de responder a todos os questionamentos feitos pelos deputados e senadores.

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress