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GERAL

Novas espécies de carrapatos descobertas no Acre revelam riqueza da fauna Amazônica e alertam para riscos de saúde

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Rio Branco, Acre – Uma pesquisa inovadora conduzida por dois cientistas do Colégio de Aplicação (CAp) da Universidade Federal do Acre (Ufac) revelou a presença de novas espécies de carrapatos na Amazônia ocidental brasileira. O estudo, publicado na prestigiada revista científica Acta Tropica, não só expande o conhecimento sobre a biodiversidade da região, mas também levanta questões importantes sobre a vigilância epidemiológica e a prevenção de doenças transmitidas por esses parasitas.

Descobertas inéditas:

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-Primeiro registro de Amblyomma crassum no Brasil: A pesquisa identificou a presença da espécie Amblyomma crassum no Acre, um carrapato que antes só havia sido registrado na Colômbia. Essa descoberta amplia a distribuição geográfica conhecida da espécie e destaca a importância de estudos contínuos para monitorar a fauna de carrapatos na região.

-Identificação do gênero Haemaphysalis no Acre: Pela primeira vez, o gênero Haemaphysalis e a espécie Haemaphysalis juxtakochi foram identificados no estado, enriquecendo o inventário de carrapatos da região.

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-Riqueza da fauna de carrapatos do Acre: Com esses novos registros, a fauna de carrapatos do Acre passa a contar com 26 espécies, representando quase metade (48%) das espécies já descritas em todo o Brasil. Esse número surpreendente ressalta a biodiversidade excepcional do estado, que ocupa menos de 2% do território brasileiro.

Implicações para a saúde:

Além de catalogar novas espécies, o estudo também investigou a relação dos carrapatos com aves e testou amostras para identificar a presença de bactérias Rickettsia, responsáveis por doenças como a febre maculosa. Essa análise é crucial para entender o papel dos carrapatos na transmissão de patógenos e para implementar medidas de prevenção e controle de doenças.

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Simone Delgado Tojal, uma das autoras do estudo, enfatizou a importância da colaboração entre pesquisadores de diferentes áreas, como saúde animal, ambiental e humana. “Foram detectadas relações inéditas entre espécies de carrapatos e aves. Trabalhos como este precisam de uma equipe multidisciplinar com foco na saúde animal, ambiental e humana”, afirmou.

Dionatas Ulises de Oliveira Meneguetti, o outro autor do estudo, ressaltou a necessidade de expandir as pesquisas para outras áreas do Acre, já que muitas regiões ainda carecem de registros. “A realização de pesquisas com carrapatos da região é fundamental para vigilância epidemiológica e prevenção da transmissão de doenças. É necessário expandir esses estudos para todo o Acre, já que muitas áreas ainda permanecem sem registros”, disse.

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Este estudo representa um avanço significativo no conhecimento sobre a fauna de carrapatos na Amazônia e destaca a importância de investir em pesquisa e vigilância para proteger a saúde humana e animal na região.

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