Novos geoglifos potencializam o turismo na Reserva Extrativista Chico Mendes

Recentemente, a Reserva Extrativista Chico Mendes ganhou destaque com a descoberta de dois novos geoglifos, uma revelação que promete atrair ainda mais visitantes à região. A notícia, divulgada no final de julho, destaca a importância desses sítios arqueológicos para o turismo local.

A validação oficial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) será fundamental para assegurar a proteção e o reconhecimento desses novos achados. Com isso, espera-se que as comunidades locais possam oferecer ao público uma nova atração, integrando os geoglifos a um roteiro turístico que já inclui a famosa Trilha Chico Mendes. Essa conexão não apenas beneficiará os visitantes, mas também despertará o interesse de pesquisadores dedicados ao estudo e à conservação desse patrimônio cultural.

Os novos geoglifos foram encontrados por acaso durante uma atividade de campo realizada por uma equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), na região de Epitaciolândia. De acordo com o analista ambiental Fernando Maia, essa descoberta adiciona duas novas peças ao rico acervo arqueológico da região, que já conta com outros quatro geoglifos conhecidos.

Com cerca de 800 geoglifos registrados em toda a Amazônia, sendo aproximadamente 500 localizados no Acre, esses monumentos enigmáticos têm despertado a curiosidade dos arqueólogos. Os desenhos, que variam em formas como círculos e quadrados até figuras mais complexas, são testemunhos do esforço monumental das civilizações antigas que habitaram essa área. Acredita-se que esses sinais começaram a ser elaborados entre 2.000 e 2.500 anos atrás, mas suas funções permanecem um mistério.

Além de enriquecer o conhecimento sobre as culturas amazônicas antigas, a descoberta dos novos geoglifos sinaliza um avanço na preservação da floresta e no fortalecimento da identidade cultural das comunidades locais. A Reserva Extrativista Chico Mendes se posiciona assim não apenas como um espaço de conservação ambiental, mas também como um importante centro de valorização histórica e turística.