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O medo assola a aldeia Manchineri: Isolados saqueiam e ameaça de confronto assombra a comunidade

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A tranquilidade da Terra Indígena Mamoadate, no Acre, foi abalada por um incidente que coloca em risco a vida dos indígenas Manchineri. No dia 31 de outubro, um grupo de indígenas isolados Mascho-Piro, considerado o povo mais isolado do mundo, invadiu uma aldeia da comunidade, saqueando uma casa e levando terçados, roupas e cobertores.

O ataque deixou a comunidade em estado de alerta máximo, com todos reunidos na Aldeia Extrema, um local que abriga 49 famílias, totalizando mais de 250 pessoas, incluindo crianças e idosos. O medo da volta dos isolados e a possibilidade de um confronto violento pairam sobre a comunidade.

As lideranças indígenas, Lucas e Mailson Manchineri, demonstram profunda preocupação com a falta de apoio do poder público. Eles alertam que, apesar de terem enviado um pedido de ajuda às autoridades, não receberam nenhuma resposta. A comunidade teme que, sem a intervenção do governo, um confronto seja inevitável.

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A situação se agrava com a falta de recursos básicos, como alimento. A pesca e a caça estão suspensas por precaução, e o baixo nível do rio dificulta o acesso à aldeia. A comunidade se encontra em uma situação de vulnerabilidade extrema, necessitando de apoio urgente para garantir sua segurança e subsistência.

O pedido de apoio emergencial enviado às autoridades destaca a necessidade de kits de evacuação para as famílias, gasolina, palhetas para motores, óleo, cestas básicas e a compra de carne na própria aldeia.

A comunidade Manchineri clama por uma resposta imediata do governo, solicitando a intermediação do Ministério dos Povos Indígenas para a disponibilização de um helicóptero para o transporte de alimentos e materiais, além de um carro da FUNAI para situações de emergência e a reserva de voos da Secretaria Especial de Saúde Indígena para casos graves.

A comunidade Manchineri, que há anos vem alertando sobre os riscos da aproximação dos isolados, exige ações concretas do governo para garantir sua segurança e evitar um derramamento de sangue. A falta de resposta e a inércia das autoridades colocam em risco a vida e a cultura de um povo que já sofre com a invasão de seu território e a ameaça constante de conflitos.

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