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GERAL

O que se sabe e o que ainda é mistério sobre a morte de Marielle e Anderson

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O promotor Eduardo Morais Martins fala em coletiva de imprensa sobre a Operação Élpis, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, e que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. — Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

As investigações da Operação Élpis são tidas pela Polícia Federal como peças chaves para avançar na descoberta da trama armada para matar a vereadora do Rio Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Na manhã desta segunda-feira (24), agentes envolvidos na operação prenderam o ex-bombeiro militar Maxwell Simões Correa, o Suel, apontado como parte dos “atos preparatórios” do duplo homicídio.

Quem dirigiu o carro de onde partiram os disparos contra Marielle?

Dois outros suspeitos de serem os autores dos assassinatos de Mariele e Anderson já estavam presos. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz serão julgados e Queiroz firmou um acordo de delação premiada, confessando sua participação no crime. Ele estaria ao volante do carro que emparelhou com o veículo das vítimas e de onde partiram os disparos contra Marielle e Anderson.

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Quem atirou? 
Os tiros teriam sido dados por Ronnie Lessa, segundo afirmou Queiroz .

O que foi feito com o carro usado no atentado? 
A Maxwell coube “picar” o carro usado pelos dois envolvidos no ato do assassinato. Em 2020, ele chegou a ser preso pela acusação de ter se desfeito do veículo usado na execução, mas acabou respondendo o inquérito em liberdade.

Como o crime foi planejado?
Maxwell cuidou não só do depois do crime, como também do antes. De acordo com a PF, foi ele quem fez a “vigilância e o acompanhamento” dos passos e rotinas da vereadora desde 7 meses antes da sua morte.

O que não se sabe é:

Quem mandou matar Marielle Franco? E por qual motivo ela teria sido assassinada em um plano arquitetado e planejado por vários meses?

A Polícia Federal ainda não chegou a essas duas peças que fecham o quebra-cabeça. Não há informações divulgadas até o momento que apontem se Queiroz e Lessa agiram sozinhos ou a mando de alguém.

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Por que Marielle foi assassinada?

Sem informações sobre os possíveis mandantes, as autoridades ainda não conseguiram chegar à motivação do crime. Ganhou força a tese de que pode ter sido uma ação de milicianos ou bicheiros, diante da proximidade de Lessa com alguns integrantes desses grupos. Não há nada de concreto sobre o fato.

Familiares de Marielle e pessoas que trabalhavam no gabinete da vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro não descartam a versão. Em depoimentos já prestados à PF, no entanto, todos afirmaram que Marielle não tinha nenhuma ação direta, como vereadora, contra negócios e ações da milícia.

O imbróglio 
Nos últimos cinco anos, o caso Marielle já foi comandado por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores.

Governo Lula
O Ministério da Justiça e Segurança Pública escalou uma equipe para investigar o caso Marielle logo nos primeiros meses do governo Lula (PT). Esses são os primeiros resultados das investigações com a operação Élpis. Foram expedidos um mandado de prisão preventiva e sete de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

O Ministério Público do Rio de Janeiro garante que não há impacto nas investigações, mas, desde que tantas alterações foram feitas no comando das investigações, não havia avanço significativo no inquérito.

Em janeiro de 2023, toda a força-tarefa do MP-RJ para o caso pediu exoneração, o que chegou a ser apontado pelas defesas das famílias de Marielle e Anderson viam como prejudiciais para o andamento das investigações.

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