Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

O que se sabe sobre a surucucu, a maior cobra peçonhenta das Américas

Publicado em

Pesquisadores descobriram diversos aspectos da taxonomia — ciência que identifica, nomeia e classifica os seres vivos — da surucucu, a maior serpente peçonhenta das Américas, que pode chegar a mais de 3 metros. Os resultados do estudo sobre a espécie foram publicados na revista científica Systematics and Biodiversity no fim de agosto.

De acordo com a pesquisa, até então duas populações de surucucu, uma que vivia na Amazônia e outra na Mata Atlântica, eram consideradas uma espécie só. No entanto, o estudo que envolveu 16 pesquisadores de 13 instituições diferentes chegou à conclusão de que as serpentes são duas espécies distintas.

Conforme a pesquisa liderada por Breno Hamdan, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do Instituto Vital Brazil, a surucucu que vive na Amazônia é chamada Lachesis muta. Já a espécie da Mata Atlântica é a Lachesis rhombeata.

Continua depois da publicidade

Na pesquisa, foram analisadas a genética, o veneno, a morfologia e o habitat natural das espécies. Conheça algumas diferenças encontradas entre as serpentes:

Lachesis muta

Vive na Amazônia;
Possui mais escamas no ventre;
A faixa preta após o olho é mais fina;
O comprimento é de, em média 1,9 metro, e a cabeça é maior;
Cauda é mais longa.

Lachesis rhombeata

Vive na Mata Atlântica;
Tem menos escamas no ventre;
A faixa preta após o olho é mais grossa;
Alcança, em média, 1,8 metro de comprimento;
Tem menor diversidade genética, o que sugere que seu status de conservação precisa ser cuidadosamente avaliado.

Ainda conforme o estudo, análises apontam que o veneno das duas espécies é bem conservado. No entanto, foram identificadas algumas toxinas que só ocorrem em indivíduos da Amazônia.

Continua depois da publicidade

Outras características já conhecidas da surucucu

A surucucu também é conhecida como surucucu-pico-de-jaca;
A cobra tem cor em tom alaranjado, bege ou amarronzado com manchas escuras;
Segundo o Instituto Butantan, é a maior serpente peçonhenta das Américas e a segunda maior do mundo, atrás apenas da cobra-rei (Ophiophagus hannah);
As escamas do corpo são semelhantes à casca de uma jaca;
Alimenta-se de mamíferos, em geral pequenos e médios roedores, como ratos, camundongos, pacas e cotias;
Tem hábitos noturnos e, quando se sente ameaçada, vibra sua cauda junto às folhas, produzindo um alerta sonoro.

 

Propaganda
Advertisement