Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

GERAL

O SEU ALUGUEL VAI MUDAR com esta aprovação inédita no Brasil

Publicado em

A Reforma Tributária impactará a vida dos brasileiros em diversos setores – Imagem: Adobe Stock

O plenário da Câmara dos Deputados tem a possibilidade de votar e, quem sabe, ter a aprovação na quinta-feira (06) a tão aguardada reforma tributária. O objetivo dessa proposta é simplificar os sistemas de impostos por meio da implementação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com uma parte gerenciada pela União, sendo a outra pelos Estados e Municípios brasileiros.

O que a PEC da Reforma Tributária pretende com a aprovação?

De forma resumida, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) – que está esperando a aprovação – tem a proposta da criação do novo tributo que substituirá o Cofins, PIS/Pasep, IPI, ISS e ICMS. Assim, ele se dividirá em duas parcelas:

Continua depois da publicidade
  • A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), administrada pelo Governo Federal;
  • O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), administrado pelos Estados e Municípios.

Essa mudança tende a afetar de várias maneiras a vida dos cidadãos brasileiros, uma vez que tal tributo incide em produtos (bens) e no setor dos serviços. Isso inclui:

  • Restaurante que se frequenta;
  • Cinema no fim de semana;
  • App de transporte utilizado para locomoção na cidade;
  • Serviço de streaming favorito;
  • Aluguel de casa;
  • Itens essenciais, tal como os produtos contidos da cesta básica.

Impactos financeiros se houver a aprovação da PEC

Um dos grandes problemas que estão sendo apontados sobre a reforma tributária é a insegurança. Ainda não se sabe qual será o percentual cobrado caso um imposto unificado seja estabelecido. No entanto, já é possível antecipar os impactos significativos nos setores importantes da economia nacional: o comércio dos serviços e bens.

Continua depois da publicidade

Estima-se que haverá um aumento nos impostos para prestadores de serviços, independentemente da alíquota. Atualmente, esses prestadores pagam de 2% a 5% apenas de ISS (imposto municipal).

O IBS, que unificará os impostos estaduais e municipais, certamente não será de apenas 5%, correto? Outra consideração: atualmente, os prestadores de serviços pagam cerca de 3,65% de PIS/Cofins (imposto federal). Não se sabe se o CBS, que unificará os impostos federais, seja de apenas 3,65%.

Portanto, a dúvida é se haverá um aumento substancial na carga tributária para os prestadores de serviços. Ademais, qualquer aumento na carga tributária – mesmo que afirmem que não haverá aumento – será repassado para o consumidor. O cidadão sentirá no bolso, pois o contribuinte repassará o máximo possível no preço dos produtos e serviços.

Continua depois da publicidade

É importante ressaltar que setores como educação, transporte público, saúde, produtos agropecuários, serviços financeiros e atividades culturais podem ter um tratamento diferenciado com regimes de isenção. No entanto, é necessário que o Congresso acrescente essas isenções para fortalecer a proposta original da reforma tributária.

Setores afetados

  • Locação – Imóveis, equipamentos e veículos;
  • Estética e bem-estar – Serviço de cabeleireiro, academia e massagem;
  • Entretenimento – Exibições de filmes, serviços de streaming e peças teatrais;
  • Hospitalidade – Hospedagem nas pousadas e hotéis;
  • Higiene – Serviços de limpeza doméstica ou industrial;
  • Manutenção – Reparos e consertos diversos;
  • Cuidados com animais de estimação – Banho e tosa;
  • Transporte – Motoristas particulares, app de transporte, etc.

Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) faz uma grande revelação. A possível fixação da alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em 25% ameaçaria cerca de 3,8 milhões de empregos devido ao aumento da carga tributária no setor de serviços.

Continua depois da publicidade

Apesar de o CBS e o IBS simplificarem a cobrança de impostos, eles são tributos semelhantes que resultariam no aumento da carga tributária. Atualmente, prestadores de serviços, como escritórios de contabilidade e cabeleireiros, pagam aproximadamente de 8% a 10% sobre o valor do serviço, referentes ao ISS, PIS e COFINS. Com as mudanças propostas, essa taxa subiria para 25%.

Baixa renda e cashback

No contexto das famílias de baixa renda e do sistema de cashback (reembolso de parte do imposto pago), a emenda constitucional faz outra previsão. As faixas da população beneficiadas e o funcionamento desse mecanismo serão definidos por uma lei complementar no futuro. No entanto, indica-se que a compensação seja direcionada a pessoas de baixa renda.

Não dá para confiar totalmente no cashback, já que envolve a arrecadação antes da devolução. O mais adequado seria reduzir esse novo imposto para produtos considerados estratégicos e essenciais, em vez de depender do reembolso.

Continua depois da publicidade

Por outro lado, esse aspecto pode até ser positivo, pois representa uma forma de garantir uma renda mínima através da Constituição Federal. Contudo, deve-se considerar a desigualdade social e o alto desemprego no Brasil. Assim, seria ideal pensar em uma tributação baseada em renda e lucros, tornando o sistema menos regressivo e promovendo justiça social.

A atual carga tributária brasileira recai de forma desproporcional sobre aqueles com menor capacidade econômica. Conquanto, uma tributação mais equitativa, focada em renda, seria mais justa e contribuiria para uma maior igualdade social.

 

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement