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OAB/AC critica imprensa após polêmica envolvendo apreensão de celular de advogado

A apreensão do celular do advogado Rafael Dene em Cruzeiro do Sul continua gerando repercussões. Após Dene acusar perseguição policial e omissão da OAB/AC, a Ordem se manifestou, mas em vez de abordar diretamente as acusações, criticou a imprensa pela cobertura do caso.
Em nota, o presidente da OAB/AC, Rodrigo Aiache, defendeu Dene, afirmando que a Ordem acompanhará o caso e tomará as medidas cabíveis para garantir o respeito às prerrogativas profissionais e às garantias constitucionais. No entanto, a nota focou principalmente em um ataque à imprensa, acusando-a de afronta às garantias constitucionais da dignidade, da presunção de inocência e do respeito às prerrogativas da advocacia, devido à ampla divulgação do caso.
Aiache afirma que a proteção das prerrogativas profissionais não é um privilégio, mas uma garantia fundamental para o exercício da advocacia e para a preservação do Estado Democrático de Direito. Ele critica o que considera um julgamento público antecipado do advogado, antes mesmo de uma decisão judicial definitiva, e acusa a imprensa de sensacionalismo, comprometendo a honra do profissional e violando direitos fundamentais.
A nota da OAB/AC omite, contudo, qualquer menção direta às acusações de Dene contra a própria Ordem, limitando-se a defender o advogado sem abordar as questões de possível omissão levantadas por ele. Essa estratégia de defesa indireta, focando na crítica à imprensa, suscita questionamentos sobre a postura da OAB/AC diante das denúncias de Dene e sobre a transparência do tratamento dado ao caso. A omissão da OAB em relação às acusações de Dene gera mais dúvidas do que esclarecimentos, deixando a questão em aberto e alimentando as críticas à instituição.
