A descoberta é diferente do que vinha se considerando estabelecido, que apontava o momento de maior concentração do vírus 24 horas antes dos sintomas a, pelo menos, 48 horas depois.
Esse cálculo é especialmente importante no momento em que os EUA diminuíram o período de isolamento dos infectados para cinco dias. No Brasil, o Rio diminui a quarentena para sete dias e São Paulo pediu um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o tema. Com a explosão de casos, há países em que o percentual da força de trabalho afastada chega a 25%, prejudicando diversos serviços, inclusive o de saúde.
O novo estudo foi feito pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão a partir de dezembro apenas com casos positivos para a Ômicron. Foram coletadas 83 amos de 21 pessoas, sendo 19 vacinadas. Do grupo, 17 eram casos leves e quatro assintomáticos.
“A quantidade de RNA viral foi mais alta em 3 a 6 dias após o diagnóstico ou 3 a 6 dias após o início dos sintomas e diminuiu gradualmente ao longo do tempo, com uma diminuição acentuada após 10 dias desde o diagnóstico ou início dos sintomas (…) Nenhum vírus infeccioso foi detectado nas amostras respiratórias após 10 dias desde o diagnóstico ou início dos sintomas. Esses achados sugerem que os casos de Ômicron vacinados provavelmente não liberam o vírus 10 dias após o diagnóstico ou o início dos sintomas”, afirmam os pesquisadores.