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Operação “Gol Contra” revela esquema de manipulação de resultados com jogadores do Atlético Acreano
O futebol brasileiro enfrenta mais um desafio no combate à manipulação de resultados, e desta vez o estado do Acre está no centro das atenções. As investigações sobre o envolvimento de clubes e atletas em manipulação de resultados não são novidade na região, e na terça-feira (26), mais um capítulo dessa trama veio à tona, envolvendo jogadores do Atlético Acreano.
Dois jogadores, cujas identidades não foram reveladas, mas que fazem parte do elenco do Galo Carijó, tiveram seus celulares apreendidos como parte das investigações conduzidas pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte. A operação “Gol Contra” foi deflagrada pelo Ministério Público, com mandados de busca e apreensão cumpridos em Ceará-Mirim, no RN, e em Rio Branco, no Acre.
Segundo as autoridades, pelo menos seis pessoas são suspeitas de envolvimento com o suposto esquema de manipulação de resultados em jogos de futebol organizados pela Federação Norte-rio-grandense de Futebol. O esquema visava favorecer determinados grupos em apostas predatórias realizadas no mercado de apostas esportivas.
O comunicado do MPRN ressalta a existência de apostadores que se beneficiam por participação direta ou informação privilegiada, aliciadores que oferecem valores ao corpo técnico dos times envolvidos, jogadores protagonistas em campo e possíveis dirigentes ou técnicos coniventes ou envolvidos no suposto esquema. Além disso, são apurados os crimes contra a incerteza do resultado esportivo previstos na Lei Geral do Esporte, bem como associação criminosa conforme o Código Penal.
O material apreendido será analisado pelo MPRN, que continua investigando o possível envolvimento de outras pessoas no suposto esquema de manipulação de resultados em partidas de futebol. As suspeitas recaem sobre dois jogos do Campeonato Potiguar 2024: ABC 6 x 0 Força e Luz, realizado em 17 de janeiro, e Globo FC 0 x 2 Santa Cruz de Natal, em 21 de janeiro.