Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

Pais de Crianças com TEA buscam Justiça após descredenciamento de Clínica pela Unimed

Publicado em

A luta por tratamento digno para crianças com TEA no Acre ganhou um novo capítulo nesta terça-feira, 27, com a mobilização de pais e mães que procuraram o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em busca de apoio. O motivo? O descredenciamento, por parte da Unimed, de uma clínica especializada em atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras deficiências, deixando 216 famílias em situação de desespero e incerteza.

A clínica, que oferecia tratamento especializado para crianças e adolescentes, foi descredenciada pela Unimed, sem que os pais tivessem qualquer aviso prévio. O prazo para o atendimento pelo plano se encerra no dia 12 de setembro, deixando as famílias em uma corrida desesperada por novas vagas em clínicas credenciadas.

A falta de vagas, horários incompatíveis com os tratamentos anteriores e a dificuldade de acesso a serviços adequados são apenas alguns dos obstáculos enfrentados pelas famílias. A repentina mudança de local de tratamento causa transtornos e insegurança para as crianças e adolescentes, que já são extremamente sensíveis às mudanças e rotinas.

Continua depois da publicidade

A Unimed, além de não oferecer alternativas eficazes para a continuidade do tratamento, ignorou os pedidos de reunião com os pais, demonstrando uma total falta de sensibilidade e compromisso com a saúde e o bem-estar dos seus clientes.

Diante do descaso da Unimed, o MPAC se comprometeu a intervir, buscando soluções justas e eficazes para as famílias. A instituição irá oficiar a Unimed, solicitando a presença de representantes da empresa em uma reunião na próxima semana. O objetivo é esclarecer as questões de acessibilidade, entender o plano de ação da operadora para absorver os pacientes e buscar um acordo que garanta a continuidade do tratamento sem prejudicar os clientes.

A mobilização dos pais e mães demonstra a força e a união da comunidade autista no Acre. A busca por justiça e por um tratamento adequado para seus filhos é um grito de alerta para a sociedade e para os órgãos responsáveis pela saúde pública.

A situação no Acre coloca em evidência a necessidade urgente de políticas públicas eficazes que garantam o acesso à saúde de qualidade para pessoas com TEA e outras deficiências. A falta de investimento em serviços especializados, a desinformação e a desvalorização das necessidades específicas dessa população são fatores que contribuem para a vulnerabilidade e a fragilidade do atendimento.

É preciso que a Unimed se responsabilize pelos seus clientes e garanta a continuidade do tratamento das crianças e adolescentes com TEA. A sociedade civil, os órgãos de defesa do consumidor e o poder público precisam se unir para garantir o acesso à saúde e a inclusão social para pessoas com TEA, assegurando que seus direitos sejam respeitados e suas necessidades atendidas.

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress