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GERAL

Países amazônicos unem forças para criar fundo bilionário de preservação Florestal

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Brasil e Colômbia lideram a iniciativa de criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), um mecanismo de financiamento ambicioso para a preservação de biomas florestais cruciais para o clima global. A proposta será formalmente apoiada pelos países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) em uma declaração conjunta a ser assinada na próxima sexta-feira (22), durante a Cúpula da Amazônia em Bogotá, Colômbia.

A Cúpula da Amazônia, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente colombiano Gustavo Petro, tem como objetivo principal fortalecer a cooperação entre os países amazônicos em ações de combate ao desmatamento, desenvolvimento sustentável e enfrentamento ao aquecimento global.

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Além da declaração de apoio ao TFFF, a Cúpula deverá aprovar a Carta de Bogotá, reforçando metas e compromissos dos países em relação à preservação da Amazônia.

O TFFF será lançado durante a COP30, em Belém, no final do ano, e tem potencial para captar cerca de US$ 125 bilhões (aproximadamente R$ 680 bilhões) em recursos públicos e privados. Esses recursos serão reinvestidos em ações de preservação florestal, com foco em países em desenvolvimento que possuem florestas tropicais.

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O mecanismo de financiamento será baseado em resultados, ou seja, os países que demonstrarem que conservaram suas florestas serão remunerados em até US$ 4 por hectare. No caso do Brasil, esse valor poderia gerar um aporte de recursos até sete vezes maior que o orçamento anual do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, busca impulsionar o alcance do TFFF com o endosso político dos países amazônicos. A iniciativa conta com o apoio de países como Noruega, Reino Unido, França, Emirados Árabes Unidos, Gana, República Democrática do Congo (RDC), Malásia e Indonésia.

A contribuição ao fundo não será uma doação, mas sim um investimento. Empresas e países que aportarem recursos ao fundo serão remunerados anualmente com uma taxa competitiva de mercado, como se tivessem comprado títulos de uma dívida de um fundo triple A.

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Parte do lucro retorna ao investidor, e o excedente será direcionado aos países que protegerem suas florestas tropicais, proporcionalmente à área preservada.

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre também prevê o repasse direto de 20% do total de seus recursos para comunidades de povos indígenas e tradicionais que vivem e preservam esses biomas, reconhecendo o papel fundamental dessas comunidades na preservação florestal.

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