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GERAL

Parcerias tornam possíveis ações de Centro de Cultura e Pesquisa

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Fotos acervo

Com 15 anos de existência, cuja raiz tem origem no terreiro de candomblé Abassá Orun Ibo Iponda, o Alamoju Centro de Pesquisa, desenvolve ações e projetos sociais na comunidade do bairro Tancredo Neves, em Rio Branco (AC).

As atividades dessa organização social incluem o fomento ao empreendedorismo e ao combate de uma das formas de racismo muito comuns enfrentado por pessoas de terreiro, o religioso. Os projetos ali ganham forma nos filmes, apresentações musicais, espetáculos cênicos, ações de saúde, oficinas de corte e costura, todos feitos com referência à memória ancestral.

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Esses ciclos de produção criativa se mantém cada vez mais vivos com a existência de políticas de fomento à cultura. O espetáculo “Orìkì”, por exemplo, criado em 2011 pelo Alamoju, conseguiu circular com apresentações em Rio Branco e ainda pela cidade de Porto Velho (RO), em evento pela Semana da Consciência Negra, ao ser contemplado por Lei de Incentivo.

Um projeto mais recente foi a produção do documentário “A história das Religiões de matrizes africanas no Acre”, aprovado em 2021, pela Lei Emergencial Aldir Blanc, através da Fundação Estadual de Cultura Elias Mansour (FEM), que o público pode assistir gratuitamente via Youtube.

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As ações comunitárias do Centro receberam recentemente um reforço, fruto da emenda parlamentar n° 24/2023 aprovada na Câmara dos Vereadores de Rio Branco, proposta pelo vereador Fábio Araújo (PDT). A verba possibilitou em junho deste ano, a aquisição de uma tenda que abrigará atuais e novos projetos, incluindo os desenvolvidos em parceria com instituições governamentais e não governamentais.

Segundo Clícia Dourado, presidente do Alamoju, as parcerias tornam possíveis a aproximação com a realidade das comunidades, principalmente, as que têm mais carência de acesso às políticas de assistência social. “Com as parcerias e financiamentos culturais conseguimos levar novos conhecimentos e apoiar o empreendedorismo de mulheres. Isso significa oferta de oportunidade e dignidade para as pessoas que diariamente são marginalizadas”, afirma.

O engajamento no Conselho Municipal de Promoção da Igualdade RRacialde Rio Branco/Acre (Compir) ocorreu este ano e foi outro caminho encontrado pelos membros do Centro de Pesquisas para se fortalecerem enquanto rompem com o silenciamento e invisibilidade de grupos que tem origem em terreiros.

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Minéia Spoltore, presidenta do Compir, destaca que mesmo com a presença recente do Centro no Conselho, a parceria existe há um tempo. “Sempre que somos procurados, buscamos auxiliar o trabalho do Alamoju da melhor forma, porque sabemos que além de beneficiar a população das casas de santo, os projetos deles alcançam as famílias do entorno: projetos na área de saúde, educação, acesso à justiça, fortalecimento do empreendedorismo para a autonomia financeira. Uma série de iniciativas que significam exercício da cidadania nas comunidades”, explica.

Após recente participação no encontro “Abre Caminhos” promovido com a vinda de representantes do Ministério da Igualdade Racial ao Acre, em Outubro deste ano, o Alamoju passou a ser referência acreana para articular comunidades na construção do primeiro Programa Nacional de Enfrentamento ao Racismo Religioso.

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Com informações da assessoria

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