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Passageira relata desespero ao atravessar tempestade de areia em voo em MS

Publicado em

Reprodução
Passageiros de um voo da Azul enfrentaram momentos de terror durante um trajeto entre Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e Campinas, no interior de São Paulo. O avião, que decolou por volta das 14h45 de sexta-feira (15), enfrentou a tempestade de areia que foi registrada na região no mesmo horário.

A psicóloga Cris Duarte, de 47 anos, era uma das pessoas que estavam no voo no momento do fenômeno. Ela contou ao UOL que, durante todo o trajeto, que dura cerca de uma hora, a aeronave ficou instável. “Não tinha dado nem dois minutos da decolagem e o avião já atingiu a tempestade de areia. A partir dali já não teve mais estabilidade no voo”, disse ela.

A chegada de uma frente fria a Mato Grosso do Sul causou um temporal de areia que “transformou” o dia em noite em várias cidades do estado. Em vídeos postados por moradores, o céu apareceu tomado por um tom escuro de marrom.

Vindos da Patagônia, a chuva e os fortes ventos, que chegaram a 94,5 km/h, derrubaram a temperatura de 33 para 18 °C em Campo Grande, capital sul-mato-grossense, segundo informações do site MetSul. Na região do aeroporto da cidade, a visibilidade também foi reduzida para apenas 800 metros por causa da poeira.

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“Campo Grande ventos de até 94 km/h, Dourados vendaval de 80 km/h, Corumbá ventos de mais de 50 km/h. Em Mato Grosso do Sul a nuvem de vento e terra assustou e destruiu muita coisa. A nuvem engoliu tudo no meio da tarde. Agora chove e estamos sem energia”, relatou uma moradora da região.

As tempestades de areia ganharam atenção nas últimas semanas ao atingirem inúmeras cidades do interior de São Paulo. Depois de um episódio no início de outubro, na tarde de ontem moradores registraram as grandes nuvens de poeira em Ribeirão Preto, Barretos, Batatais, Pirassununga, São Joaquim da Barra, Pitangueiras, Sertãozinho, Serrana, Brodowski, Jardinópolis e Colômbia.

De acordo com o Climatempo, a frequência do fenômeno deve aumentar nos próximos anos. Isso porque as tempestades de areia estão sendo estimuladas pelos períodos de estiagem cada vez mais intensos no Sudeste e Centro-Oeste.

O site de meteorologia atribui a força das tempestades de 2021 a uma sequência ruim de períodos chuvosos, com anos seguidos de precipitação abaixo da média, que deixaram o solo muito seco. Consequentemente, a terra que estava “solta” é facilmente levantada pelos fortes ventos.

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