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‘Pezão’ celebra vitória rápida, isenta árbitro de culpa e ignora polêmica sobre bônus

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Reprodução

Marcos Rogério de Lima foi um dos grandes destaques do UFC Vegas 42. No show realizado no último sábado (13), ‘Pezão’ encarou Ben Rothwell no ‘co-main event’ e não tomou conhecimento do veterano do peso-pesado. O brasileiro precisou de apenas 32 segundos para nocautear o adversário, mas, mesmo com a rapidez do combate, acontecimentos inusitados ocorreram. De qualquer forma, o paulista celebrou o importante triunfo.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), ‘Pezão’, que não conseguia emplacar uma sequência de vitórias desde 2014, finalmente, quebrou o tabu. Agora, o brasileiro está embalado pelos triunfos convincentes diante de Maurice Greene e Rothwell e está confiante de que vai ampliar o bom momento na temporada 2022. Apesar do encontro com ‘Big Ben’ ter durado apenas 32 segundos, o paulista pregou respeito ao oponente e explicou que o resultado positivo e impactante só foi possível, porque estudou seu jogo e treinou exaustivamente na ‘American Top Team’, uma das principais equipes de MMA.

“Agora, foi. Cada derrota foi um aprendizado, estou cada vez melhor, evoluindo nos treinos e na vida. Sou um cara veloz, explosivo e estava pronto para lutar os cinco rounds daquele jeito, com potência, mas a mão entrou antes, senti o cheiro de sangue e caí para dentro para terminar a luta. Nunca vi o Rothwell sofrer daquele jeito. Foi uma grande luta, uma grande vitória para mim e estou muito feliz com isso. O que fiz na academia, fiz na hora da luta e deu certo. A luta durou 32 segundos, mas foi complicada. Treinei muito, porque sabia da dureza que tinha pela frente. O Rothwell é mais velho, mas tem um queixo muito duro”, analisou ‘Pezão’.

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Naturalmente, quando um lutador consegue vencer seu combate no primeiro round, ainda mais em 32 segundos, se torna um dos principais candidatos a conquistar um dos bônus de ‘performance da noite’ do UFC, porém, dessa vez, ‘Pezão’ não teve sorte. Na coletiva de imprensa pós-show, Dana White anunciou que Andrea Lee e Khaos Williams foram agraciados com tal prêmio. Entretanto, se engana que pensa que o brasileiro lamentou decisão da companhia. O atleta minimizou o episódio, explicou que seu objetivo foi concluído com sucesso e ainda revelou que o próprio cartola lhe procurou após o duelo contra Rothwell para conversar.

“Não coloquei muita expectativa nisso (bônus). Estou feliz com a minha vitória. Vim atrás da vitória e consegui. O bônus não veio, mas não me importava com isso. O que quero é subir na categoria, ser campeão e estou trabalhando duro para isso. Quando vier, será bem gasto. O Dana me parabenizou pela luta, falou que foi incrível o que fiz e eu agradeci”, explicou o lutador.

Também não dá para ignorar a atuação do árbitro Herb Dean na luta entre ‘Pezão’ e Rothwell. Após o brasileiro acertar uma sequência de golpes que desestabilizou o gigante e o levou para a grade, o veterano, visivelmente abalado, sofreu com os ataques. Dessa forma, o profissional se aproximou do paulista para encerrar o duelo, mas mostrou indecisão e surpreendeu ao optar por dar continuidade à ação.

Foi só depois que ‘Pezão’ sinalizou que Rothwell não tinha mais condições de permanecer em atividade que o árbitro finalizou o combate. Sendo assim, imediatamente, Herb Dean foi criticado por parte da comunidade do MMA, mas o brasileiro preferiu ignorar o que houve e deu sua versão sobre o ocorrido no octógono, até porque saiu vitorioso de qualquer jeito.

“Eu não senti o Herb Dean encostar me mim. A única coisa que escutei foi o pedido para parar. O Rothwell tinha me agarrado, eu tinha encaixado a guilhotina e olhei para o Herb Dean pensando ‘paro ou não paro?’. Não sei se ele achou que o Rothwell iria se recuperar. Acho que não, porque eu estava disposto a acabar com a luta ali. Não senti ele encostar em mim, só escutei ele pedir para parar e parei. Quem assistiu a luta, viu que ele estava mole já. Senti ele mole e era questão de tempo”, contou o brasileiro, antes de completar.

“Eu ia continuar batendo, não sofri dano na troca.  Dois golpes dele passaram, mas os meus estavam com bastante velocidade e potência. A luta ia acabar a qualquer momento. Foi ate bom parar antes para preservar a integridade física dele. Mesmo assim, o último soco que eu acertei quebrou o nariz dele. Eu continuaria machucando, não ia parar de bater. Na hora que eu encaixei a guilhotina, fui para o chão só para cair por cima, porque daria muita cotovelada e soco. Ele só ia apanhar mais”, concluiu.

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