PGR ganha prazo estendido para analisar indiciamento de Bolsonaro e Eduardo em caso de tarifa nos EUA

Brasília – A Procuradoria-Geral da República (PGR) agora tem até a próxima segunda-feira, 1º de setembro, para emitir um parecer crucial sobre o relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O indiciamento está relacionado ao inquérito que investiga o suposto “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos ao Brasil durante o governo Bolsonaro.

O prazo estendido também abrange a avaliação da PGR sobre a manutenção da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. A procuradoria deverá analisar os argumentos apresentados pelos advogados do ex-presidente, que buscam negar qualquer descumprimento das medidas cautelares que o impedem de usar suas redes sociais e acessar perfis de terceiros. Além disso, a PGR deverá se pronunciar sobre o pedido de asilo político à Argentina, encontrado no celular de Bolsonaro durante uma operação de busca e apreensão da PF.

Inicialmente, o prazo para a manifestação da PGR expiraria na manhã desta quarta-feira (27), mas foi prorrogado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prorrogação concede à procuradoria um total de cinco dias adicionais para analisar todas as questões envolvidas no caso.

A decisão de ampliar o prazo foi tomada em conjunto com a determinação de que a Polícia Penal do Distrito Federal realize a vigilância integral da residência do ex-presidente. Essa medida de segurança foi autorizada após o ministro Moraes receber uma cópia do pedido inicial feito pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). Segundo o parlamentar, o aumento da vigilância é essencial para garantir a “aplicação da lei penal” e prevenir qualquer tentativa de fuga por parte de Bolsonaro.