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GERAL

Por: Embratel – Tecnologias habilitadoras levam bancos para o próximo nível

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Segundo a 1ª etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023, realizada pela empresa de consultoria Deloitte, a indústria financeira brasileira deve destinar, em 2023, cerca de R$45,1 bilhões para a área de tecnologia, incluindo despesas e investimentos.

O crescimento, significativo, é de 29%, em relação ao orçamento do ano passado e dá continuidade a uma alta que já vinha sendo observada nos últimos anos, impulsionada pela implementação de recursos e soluções como inteligência artificial e serviços em nuvem, capazes de atender às demandas dos bancos, sejam elas relacionadas à conectividade, escalabilidade, automação, segurança cibernética e flexibilidade.

Tão relevante, a jornada digital das instituições financeiras foi tema de painéis ocorridos na edição deste ano da Febraban Tech, que contaram com a participação de especialistas do setor.

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Conectividade para a jornada digital dos bancos

O painel “Telecomunicações para o futuro ainda mais conectado”, contou com a coordenação da jornalista Mona Dorf, da Febraban, e reuniu três executivos: Guilherme Mendes, da Caixa, Maria Teresa Lima, da Embratel, e Neo Gong, da Huawei, além do diretor da Anatel, Gustavo Borges.

Mendes ressaltou que não existe conectividade sem infraestrutura confiável, argumentando que a pandemia acelerou a eficiência das operadoras de telecomunicações e mostrou como o banco estatal depende dessa infraestrutura para atender seus clientes na ponta.

Neste sentido, Maria Teresa, da Embratel, lembrou que a conectividade ainda é primordial. “Mas vamos muito além disso e nos posicionamos como habilitadores da transformação digital em nossos clientes”, reforçou. Segundo ela, esse papel é cumprido por meio da integração de conectividade e de soluções completas de tecnologia para atender a demanda do setor bancário. A executiva lembrou, ainda, que o usuário final está cada vez mais exigente e quer experiências únicas e multicanais, o que pressiona os bancos na jornada digital.

Neo Gong, da Huawei, trouxe o exemplo prático de uma operadora de telecomunicações do Quênia que, com bilhões de transações anuais, criou vários serviços para o mercado financeiro. Para ele a empresa mostra a capacidade das operadoras de manobrarem uma grande quantidade de dados de forma eficiente, um ponto positivo para que estabeleçam parcerias com os bancos.

O diretor da Huawei também enfatizou o conceito de Wireless First, ao destacar o papel que as redes sem fio ganham no processo de transformação digital. Ele citou, inclusive, o volume de dispositivos de IoT ativados na China: 5,8 bilhões em 2021, número que deve triplicar em 2025.

Para Gong, esse universo de conexões entre coisas deve ser amplificado com o avanço do 5G e terá impacto no universo dos serviços financeiros.

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Já Borges, da Anatel, trouxe a visão do agente regulador para o debate. Ele lembrou a importância de cobertura de telecomunicações nos últimos 25 anos e projetou uma outra fase de crescimento na próxima década, a partir da entrada maciça do 5G.

Outro ponto destacado no debate foi a necessidade de expansão do ecossistema que já envolve atores como bancos e operadoras. Para Maria Teresa, as parcerias, inclusive com startups, são necessárias. Ela acrescentou que a cultura orientada a dados deverá ganhar cada vez mais espaço no ecossistema citado.

Cloud: avanço da digitalização do setor financeiro

Outra discussão importante, dessa vez com a participação de especialistas do Banco do Brasil, Inter e Embratel, girou em torno da relevância da nuvem como habilitadora da bancarização dos brasileiros.

Na conversa os participantes lembraram que, segundo a 31ª edição da pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária, 80% dos players do setor financeiro já adotam estratégias multi-cloud. Esta e outras estratégias de cloud, segundo os painelistas, foram fundamentais para viabilizar o aumento de brasileiros bancarizados desde 2019. Em números totais, passamos de 165 milhões para 188 milhões (14%) de pessoas com contas em banco no período.

“As soluções tecnológicas, habilitadas pela cloud computing, impulsionaram o avanço na bancarização, principalmente com as contas digitais, o PIX e o open bank”, contextualizou Diuliana Franca, diretora de Serviços Cloud B2B na Embratel e mediadora do painel.

Segundo Guilherme Ximenes, diretor de Tecnologia da Informação do Inter, a migração para a nuvem remete ao ano de 2016, quando a companhia digitalizou o processo de abertura de contas, e viu os números saltarem de dezenas para milhares, diariamente. Ao mesmo tempo que ganhava clientes, a instituição lançou um aplicativo para melhor atendê-los. “Estava tudo ótimo, com novos clientes e crescimento. Mas os gargalos surgiram e não tínhamos tempo para montar um ambiente on-premise para atender à nova demanda”, lembrou ele.

Assim, entre 2017 e 2018, o Inter migrou totalmente para a nuvem. “Aí resolvemos o problema de infraestrutura, mas vimos que precisávamos também resolver deficiências de migrações, como a de banco de dados”, disse. Isto causou impacto no atendimento, segundo Ximenes, com URAs (unidades de respostas audíveis) caindo e outros problemas. “Então veio a Embratel, com a solução de contact center em nuvem”, detalhou. Já com mais de um milhão de clientes, o Inter testou a solução e, de 2018 para 2019, fez o piloto e a adoção. “Implantamos e, da noite para o dia, vimos os problemas de atendimento serem resolvidos”, disse.

No Banco do Brasil, a nuvem também tem exercido papel habilitador. Com 80 milhões de clientes e um histórico de mais de 200 anos, o banco tem, hoje, estratégia de TIC baseada em cinco pilares. “E dois deles têm muito a ver com a nuvem”, adiantou Marisa Reghini Ferreira Mattos, vice-presidente de Negócios Digitais e Tecnologia do BB.

O primeiro é a plataforma, que deve permitir desenvolvimento mais ágil e também que novas tecnologias sejam acopladas, quando necessário. Outro pilar é a oferta de TI. Há pouco tempo, segundo Marisa, todas as soluções eram desenvolvidas em casa e, desde que este segundo pilar foi estabelecido, as decisões passaram a ter diretrizes de SaaS e low-code. “Com base nisso, avaliamos se a estrutura será de nuvem ou on-premise”, detalhou. “Porém, quando é uma nova solução do core business, já partimos direto para a nuvem”, destacou, completando que a solução de open banking do BB, por exemplo, já foi toda desenvolvida em cloud computing.

Já Fabiana Falcone, diretora de Desenvolvimento de Negócios Cloud na Embratel, ressaltou que a nuvem é mais que tecnologia: “ela transforma processos, sendo um ‘pano de fundo’ para fazer tudo acontecer”, disse. Como parte de processos, portanto, a governança é necessária e, na visão de Fabiana, funciona como bússola para as estratégias de nuvem.

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