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GERAL

Powerpoint de Moraes coloca Bolsonaro como líder de organização criminosa da trama golpista

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Moraes exibiu durante a sessão um slide no qual coloca Bolsonaro como líder da organização que planejou trama golpista Foto: Reprodução/Youtube/STF

O ministro relator do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, apresentou um PowerPoint demonstrando o plano da tentativa de golpe no 3º dia de julgamento do caso. No slide, ele coloca o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como líder da organização criminosa golpista.

Durante seu voto, na manhã desta terça-feira, 9, o ministro apresentou o documento com uma espécie de linha do tempo. Nele, o magistrado destacou 13 momentos como provas da tentativa de golpe de Estado, entre eles, a utilização da estrutura governamental para vigiar opositores e autoridades, além de lives em redes sociais prevendo a descredibilidade do sistema eleitoral brasileiro.

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“A finalidade era muito clara: evitar o sistema de pesos e contrapesos exercido pelo poder Judiciário, em especial STF e TSE. Além de simplesmente tentar restringir, também a organização criminosa iniciou a consumação desses atos executórios com a finalidade de perpetuação no poder. Seja mediante um controle, do Poder Judiciário e do TSE, seja desrespeitando as regras da democracia”, declarou Moraes.

Além de Bolsonaro, Moraes coloca os demais sete réus como participantes da organização criminosa, são eles: 

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o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto;
o ex-ajudante de ordens Mauro Cid;
o almirante de esquadra que comandou a Marinha, Almir Garnier;
o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres;
o ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno;
e o general e ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

Veja a lista dos 13 fatores em ordem de acontecimento listados por Moraes:

Utilização de órgãos públicos pela organização criminosa para o monitoramento de adversários políticos e a execução da estratégia de atentar contra o Poder Judiciário, desacreditando a Justiça Eleitoral, o resultado das eleições de 2022 e a própria Democracia;
Atos executórios públicos com graves ameaças à Justiça Eleitoral: live do dia 29.07.2021, entrevista de 03/08/2021 e live de 04/08/2021 e as graves ameaçasà Justiça Eleitoral;
Tentativa, com emprego de grave ameaça, de restringir o exercício do Poder Judiciário, em 7 de setembro de 2021;
Reunião ministerial de 05/07/2022;
Reunião com embaixadores de 18/07/2022;
Utilização indevida da estrutura da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições;
Utilização indevida da estrutura das forças armadas – relatório de Fiscalização do Sistema Eletrônico de Votação do Ministério da Defesa;
Atos executórios após o segundo turno das eleições (live realizada em 04/11/2022, ações de monitoramento de autoridades em 21/11/2022; representação eleitoral para verificação extraordinária; reunião dos FE (“Kids Pretos”) em 28/11/2022 e elaboração da Carta ao Comandante;
Planejamento do “Punhal Verde Amarelo” e “Operação Copa 2022”;
Atos executórios seguintes ao planejamento “Punhal Verde Amarelo”: monitoramento do presidente eleito, “operação Luneta”, “Operação 142” e “Discurso Pós-Golpe”;
Minuta do golpe de Estado e apresentação aos comandantes das Forças Armadas;
Tentativa de golpe de Estado em 08/01/2023;
Existência de um gabinete de crise após a consumação do golpe de Estado.
Após o voto de Moraes, devem dar prosseguimento os seguintes ministros da Primeira Turma, nesta ordem: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin (presidente da Turma). O julgamento deve acabar na sexta-feira, 12, quando serão comunicadas as penas de cada réu.

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