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Prefeitura de Rio Branco manda fechar Centro Cultural devido risco de desabamento; órgão municipal não possui recursos para a obra

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A Prefeitura de Rio Branco, através da Secretaria de Infraestrutura do Município (Seinfra), mandou a coordenação do Centro Cultural Lydia Hammes fechar as portas desde o início de janeiro de 2023 devido o risco de desabamento do local. O centro cultural fica localizado no bairro Aeroporto Velho, na região da Baixada da Sobral, em Rio Branco.

Segundo denúncia de populares, o Centro Cultural Lydia Hammes, que é conhecido popularmente como INPA, fechou as portas para as atividades que vinha acontecendo no espaço desde o início de janeiro, e de forma misteriosa e sem muitas informações, apenas chegou um comunicado no grupo de Whatsapp de colaboradores e voluntários do centro.

A reportagem descobriu que na verdade, o INPA tinha sido interditado pela Secretaria de Infraestrutura do município, que após uma vistoria técnica dos engenheiros da secretaria, constatou que o forro e o telhado estava prestes a desabar. Em vistoria mais minuciosa pelo espaço, a Seinfra percebeu também graves rachaduras em várias partes da estrutura da alvenaria, preocupando ainda mais a equipe que foi fazer o trabalho de verificação. A única forma foi justamente a ordem de fechamento devido o risco de o teto e o prédio todo desabar.

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Ainda segundo relatos que durante uma atividade que estava acontecendo no Centro Cultural, uma parte do forro caiu sobre a cabeça de um dos alunos que estavam na aula de uma modalidade esportiva. Nesse acidente, o aluno não saiu machucado, apenas o susto e o medo do teto todo desabar.

A reportagem conversou também com alguns funcionários da Fundação Garibaldi Brasil, que revelaram que a instituição não possui recursos financeiros para reformar e nem para fazer uma ação paliativa no local, deixando centenas de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos na ociosidade.

O Centro Cultural fechado pela prefeitura de Rio Branco é o único da Baixada da Sobral, que tem a maior região habitada da Capital. A região da Sobral possui mais de 100 mil habitantes, sendo que 80 mil são votantes, e possuí também o maior índice de criminalidade, confronto entre facções criminosas e morte entres jovens e adolescentes.

O esporte há muitos anos deixou de ser prioridade do poder público na Baixada, além da cultura que vem enfraquecendo a cada ano mais e mais. O famoso Centro da Juventude, que fica próximo ao Ginásio Álvaro Dantas, praticamente não existe mais, mas está servindo de “QG” de membros de facções.

Os governantes esqueceram totalmente os jovens da Baixada da Sobral, pois não existem cursos, geração de emprego e renda, com isso, é o público que as organizações criminosas estão recrutando para servirem de “soldados” do crime, na venda de drogas, nos assaltos, nas tentativas de homicídio e até servindo como “as mulas” no transporte de drogas.

O estado faz um investimento maciço na repressão contra o crime, ou seja, na contratação de policiais militares, civis, penais, bombeiros, viaturas, armamentos, munições, cursos, treinamentos, motocicletas e outros equipamentos que integram as forças de segurança pública, mas não investe praticamente nada na cultura nem no esporte, que pode verdadeiramente salvar vidas e mudar destinos.

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A comunidade da Baixada da Sobral lamentou profundamente o fechamento do Centro Cultural, que é histórico, e vários moradores relataram à reportagem que o fechamento poderia ser evitado se o poder público fosse mais eficiente nas suas gestões, tendo em vista, que o INPA foi reformado em 2012, na gestão do ex-prefeito Raimundo Angelim, mas nenhum reparo ou reforma aconteceu no espaço até os dias atuais. Em 2012 foi o mesmo ano que o ex-prefeito Marcus Alexandre venceu Tião Bocalom nas urnas. Em 2015 e 2017, o centro foi revitalizado e depois restauração durante a gestão de Marcus Alexandre.

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