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Presidente do INSS é alvo de operação da PF e da CGU e é afastado do cargo, dizem fontes

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado das funções por ordem da Justiça, segundo duas fontes da Polícia Federal com conhecimento do caso, após ser alvo de uma megaoperação conjunta da corporação e da Controladoria-Geral da União deflagrada nesta quarta-feira para combater um esquema bilionário de descontos indevidos de aposentados e pensionistas envolvendo entidades.
Endereços ligados a Stefanutto também foram alvos de um mandado de busca e apreensão, acrescentou à Reuters uma das fontes.
Procurada, a assessoria do INSS não respondeu de imediato a pedido de comentário.
A Operação Sem Desconto, conforme nota dos dois órgãos que não cita nomes de alvos das diligências, cumpre 211 mandados de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de 1 bilhão de reais e seis mandados de prisão temporária em 13 Estados e no Distrito Federal.
O comunicado acrescenta que seis servidores foram afastados de suas funções. As fontes com conhecimento da operação disseram á Reuters sob condição de anonimato que Stefanutto está entre os afastados.
As investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicadas sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS, segundo a nota. Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de 6,3 bilhões no período entre 2019 e 2024.
Os investigados devem responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.
