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Produtores de café no Acre participam de capacitação e impulsionam produção no estado
Os produtores de café do interior do Acre participaram recentemente de uma enriquecedora oficina prática voltada para a colheita e pós-colheita dos cafés robustas amazônicos, resultando em um impulso significativo para a produção cafeeira no estado. Através de workshops realizados nos municípios de Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul e Acrelândia, áreas estratégicas para a produção de café, os agricultores tiveram a oportunidade de aprimorar suas técnicas e conhecimentos.
Segundo Michelma Lima, agrônoma e especialista em café da Secretaria de Agricultura, o principal objetivo do curso foi elevar a qualidade do café produzido no Acre. “Este curso visa aprimorar a qualidade da nossa produção. Ainda enfrentamos desafios, como a colheita no momento ideal. Os palestrantes abordaram o ponto exato de maturação do grão para a colheita, além de técnicas de lavagem e seleção dos grãos. Estamos promovendo conhecimento para aprimorar nossa produção. Também recebemos orientações sobre o processo adequado de secagem. Foi um treinamento fundamental para quem busca agregar mais qualidade ao seu café e conquistar novos mercados”, explicou.
Atualmente, o Acre ocupa o segundo lugar na produção de café na Região Norte, ficando atrás apenas de Rondônia, um dos principais produtores do país. No entanto, a produção acreana, estimada em 46 mil sacas no ano passado, está aquém do potencial do estado, que apresenta condições climáticas e de solo consideradas ideais para o cultivo.
Henrique Alves, pesquisador da Embrapa e um dos palestrantes do curso, expressou otimismo em relação ao progresso do Acre no setor cafeeiro. “O Acre tem investido em tecnologia e, ao visitar as plantações, percebemos o comprometimento com o desenvolvimento da cadeia produtiva do café. Desde o ano passado, o estado iniciou um movimento em direção à qualidade do café, seguindo os passos de Rondônia. Estamos confiantes de que o Acre evoluirá em termos de qualidade, trazendo novas oportunidades de renda e maior reconhecimento para o café acreano”, afirmou.