Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

Professor da Ufac é destaque na imprensa nacional por pesquisa sobre produção de leite humano em pó

Publicado em

Pesquisador Otávio Augusto Silva Ribeiro desenvolveu método para leite humano em pó na UFV. Foto: UFV/Divulgação

G1, Sociedade Médica de Sorocaba, Jornal Floripa, O Popular: esses foram alguns dos sites que trouxeram como destaque o professor da Universidade Federal do Acre, Otávio Augusto Silva Ribeiro.

Ele constatou que o Leite Humano Ordenhado (LHO) não conforme, descartado pelos bancos de leite pela presença de sujidades físicas, também pode, após processamento, ser consumido pelos recém-nascidos. Oportunidade essa que poderia ser – de acordo com Otávio – aproveitada para ampliar a produção de leite humano em pó.

“O objetivo é trazer mais a eficiência dos Bancos de Leite Humano (BLH) e aumentar a capacidade de distribuição do alimento considerado o melhor e mais completo para os bebês”, diz o G1. O estudo é conduzido via Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Continua depois da publicidade

“A descoberta levou o pesquisador a uma nova etapa: a do beneficiamento para a obtenção de leite humano em pó. Embora já existam estudos nesta direção, Otávio explicou que nenhum abrange todas as tecnologias que utilizou até chegar à secagem, dentre elas a homogeneização”, diz o site.

O pesquisador destaca que a técnica desenvolvida resultou em um leite humano homogeneizado em pó que manteve, praticamente, todas as características nutricionais do LHO – houve apenas uma redução da concentração de imunoglobulinas (proteínas de defesa), mas elas continuaram presentes.

“É um alimento melhor que as fórmulas alimentares comerciais, já que, mesmo processado, ainda é composto somente por leite humano”, destacou o pesquisador.

 

Perspectivas

 

Apesar de o foco inicial da pesquisa ter sido o LHO com sujidades físicas, a técnica que o ex-estudante de doutorado da UFV desenvolveu para a obtenção do leite humano homogeneizado em pó pode ser utilizada tanto no leite não conforme quanto no conforme. Isso porque o leite em pó não necessita dos 18 graus negativos de temperatura de congelamento para o armazenamento.

Além dessa vantagem, o armazenamento pode se dar, por exemplo, em embalagens a vácuo, que demandam espaços menores e facilitam o transporte para locais com maior demanda.

Otávio destacou a grande contribuição social da pesquisa pela possibilidade que traz de melhorar as formas de utilização do leite humano ordenhado pelos bancos. Além de reduzir as perdas por descarte de leite humano, o que aumenta o volume que pode ser utilizado.

O engenheiro de alimentos lembra que a comercialização do leite humano no Brasil é proibida. Por isso, as técnicas de processamento que desenvolveu são destinadas exclusivamente ao banco de leite humano.

A pesquisa demonstrou que é possível utilizar o leite humano em pó com segurança, mas para a produção necessita de investimentos nos bancos de leite.

As análises do pesquisador ocorreram na UFV, entre 2017 e 2021, nos laboratórios de Operações e Processos (Departamento de Tecnologia de Alimentos) e de Biocombustíveis (Departamento de Engenharia Agrícola) e no Núcleo de Microscopia e Microanálise.

A pesquisa resultou na tese Caracterização nutricional e beneficiamento do leite humano ordenhado descartado por não conformidade, desenvolvida com o apoio da Capes, CNPq, Fapemig e Petrobras.

O trabalho teve início em uma parceria com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), por meio do coordenador da rBLH-BR, João Aprígio Guerra de Almeira, ex-aluno da UFV, e da responsável pelo Centro de Referência Nacional para Bancos de Leite Humano, Danielle Aparecida da Silva.

 

Propaganda
Advertisement