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Projeto leva água potável para aldeia indígena no Acre e transforma vida de Yawanawás

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Criança Yawanawá bebendo água tratada a partir do projeto piloto. Foto: Gabriel Tesserolli

Uma parceria entre a startup Água Camelo e a Ambev vem impactando a vida de indígenas acreanos da etnia Yawanawá, na aldeia Mutum, em Tarauacá.  O projeto piloto leva água tratada e potável para comunidades da Amazônia e deve beneficiar 1 milhão de brasileiros até 2025.

Em uma matéria publicada na Folha de S.Paulo, parte do grupo explicou como foi o processo de implantação do projeto e contou sobre a experiência de realizar uma visita in loco, em uma das comunidades indígenas mais isoladas do país.

Central de coleta de água. Foto: Gabriel Tesserolli/Divulgação

Para chegar ao local, é preciso subir o rio Gregório, às margens da Br-364, na comunidade Vila São Vicente.

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O projeto foi iniciado em 2021 e os resultados foram medidos a partir da distribuição de kits com filtros portáteis em formato de bolsas, suportes de paredes e manuais de uso e manutenção.

“Antes da chegada do kit, 96% dos indígenas relataram doenças de veiculação hídrica. Três meses depois, 100% dos usuários do filtro portátil não relatavam mais nenhum mal associada à ingestão de água não tratada”, diz o cofundador da Água Camelo, João Manuel Piedrafita, em entrevista à Folha de S.P.

Crianças Yawanawás com os filtros portáteis. Foto: Gabriel Tesserolli

Com os resultados positivos, o projeto alavancou e decidiu ampliar nas 13 aldeias Yawanawá ao redor do rio Gregório. Em março deste ano, com a ajuda da Água AMA, marca da Ambev que aplica seus lucros em projetos que levam acesso à água potável, e a Associação Sociocultural Yawanawá, foi possível destinar mais kits em 12 outras aldeias da região, beneficiando mais de 1.200 indígenas do Acre.

As aldeias que receberam os kits, passaram também a contar com oito centrais de coleta de água.

Yawanawás

Conhecidos com o “povo da queixada, estão distribuídos em aldeias às margens do rio Gregório. Criada em 1984, foi a primeira área demarcada indígena do Acre. Segundo a SECOM/AC, mais de mil indígenas vivem nas sete comunidades da região. Dentre as aldeias, uma das mais conhecidas, a Aldeia Sagrada, é o santuário dos povos Yawanawás. O lugar é conhecido por receber milhares de turistas que queiram viver a imersão nos costumes e rituais da etnia, que é famosa pela cerimonia Uni, ou Ayahuasca, antigo chá feito a partir da cocção do cipó mariri.

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Crianças Yawanawás. Foto: Diego Gurgel
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