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Promoção relâmpago: Bancos estão oferecendo muito dinheiro para novos clientes

Os bancos públicos, privados e fintechs entraram em uma corrida para atrair milhões de trabalhadores com carteira assinada. A razão? A nova linha de Crédito do Trabalhador, que entrou em vigor oficialmente no dia 25 de abril de 2025 e promete revolucionar o acesso a empréstimos consignados no Brasil. Com juros mais baixos, contratação digital e até garantia via FGTS, essa modalidade já movimenta ofertas agressivas entre as instituições financeiras – e o trabalhador sai ganhando.
A nova modalidade de crédito consignado foi criada por meio de uma Medida Provisória assinada pelo presidente Lula, com o objetivo de facilitar o acesso ao crédito para quem trabalha com carteira assinada no setor privado – incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e assalariados de microempreendedores individuais (MEIs). O diferencial está no uso da Carteira de Trabalho Digital para contratar empréstimos diretamente pelo celular, com parcelas descontadas em folha via eSocial.
Alternativa lucrativa
A novidade integra dados da CTPS Digital, FGTS e eSocial, permitindo uma experiência 100% digital. A tecnologia foi desenvolvida pela Dataprev, estatal responsável por sistemas como o INSS.
Com cerca de 47 milhões de brasileiros pagando juros acima de 5% ao mês no crédito pessoal, o novo crédito consignado surge como uma alternativa segura – e, portanto, altamente lucrativa – para os bancos. Segundo estimativas da Febraban, a expectativa é que até 19 milhões de trabalhadores migrem para a nova linha, injetando mais de R$ 120 bilhões em empréstimos nos próximos quatro anos.
Para atrair esse público, os bancos estão lançando promoções, ofertas personalizadas e facilitando a contratação. Entre os principais nomes que já operam com a modalidade estão Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Itaú, Santander, Banco Inter, C6 Bank, BTG Pactual, Banco Pan, PicPay Bank e plataformas como Creditas.
Menores juros e mais controle
Uma das maiores vantagens da nova linha é a taxa de juros reduzida. Como o pagamento é feito diretamente na folha, o risco de inadimplência é menor – e os bancos conseguem cobrar taxas até 50% menores que o crédito pessoal comum.
Além disso, o trabalhador tem a opção de usar até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia, o que reforça a segurança do crédito para as instituições e amplia o acesso ao financiamento para públicos antes excluídos, como domésticos e trabalhadores do campo.
Como contratar?
A contratação é simples: o trabalhador simula o crédito no aplicativo do banco, autoriza o uso de dados via CTPS Digital e aguarda as ofertas. A resposta pode chegar em até 24 horas. Com a proposta escolhida, a assinatura do contrato é feita digitalmente, sem a necessidade de ir até uma agência.
O processo também permite a migração de dívidas antigas. Quem já tem empréstimos ativos com taxas mais altas pode fazer a portabilidade para a nova modalidade, com melhores condições.
Uma revolução no crédito?
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Crédito do Trabalhador é “talvez o programa mais revolucionário no médio prazo” quando o assunto é acesso ao crédito. Já o presidente Lula reforça que a medida busca tirar os mais pobres da dependência de agiotas e das linhas caras de financiamento.
“É para comprar alguma coisa que melhore a nossa casa, a educação do filho, a qualidade de vida. Não é para endividar, é para libertar”, afirmou Lula durante o lançamento da iniciativa.
Se você é CLT e está em busca de crédito mais barato e fácil de contratar, vale a pena simular as ofertas nos bancos habilitados. Em meio a essa “promoção relâmpago” bancária, informação e cautela são as melhores ferramentas para aproveitar o momento sem comprometer o orçamento.
