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GERAL

Rei do Lixo fez R$ 80 milhões em transações suspeitas, diz PF

Publicado em

Reprodução/Instagram

Informações coletadas pela Polícia Federal (PF) no âmbito da operação Overclean, que apura desvios milionários em obras custeadas com emendas parlamentares, mostram que o empresário José Marcos Moura, conhecido na Bahia como Rei do Lixo, fez R$ 80 milhões em transações suspeitas.

Moura foi um dos alvos da terceira fase da operação, deflagrada na última quinta-feira (3/4), por suposta obstrução de justiça. A PF apura possível destruição de provas e manipulação de informações. Ele é apontado, ao lado dos irmãos Fabio e Alex Parente, como um dos líderes do grupo investigado.

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Segundo informação enviada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) à PF, entre as transações suspeitas está um repasse de R$ 435 mil para uma pessoa com foro por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado. A origem da transação nesse caso é a MM Limpeza, empresa de Moura.

A transação é citada na decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a 3ª fase da operação, mas o destinatário não é identificado.

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“José Marcos Moura movimentou R$ 80, 2 milhões em operações suspeitas. Uma de suas empresas, a MM Limpeza Urbana, apresentou movimentações de R$ 435 mil com uma autoridade com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal de Justiça ou no Supremo Tribunal Federal, sem justificativa aparente”, diz trecho da decisão do ministro do STF.

O ministro cita as transações entre a MM Limpeza Urbana, de José Marcos de Moura, e a pessoa com foro ao elencar os motivos para autorizar uma nova busca e apreensão contra o Rei do Lixo.

Na decisão, com base na representação da PF, Kassio Nunes Marques diz que José Marcos de Moura é o “articulador político e operador de influência, responsável por conectar os atores principais a figuras políticas de expressão e agentes públicos”.

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O empresário foi alvo da nova fase da Overclean por suspeita de obstrução de Justiça. Informações coletadas pela PF apontam para a destruição de documentos após as primeiras fases da operação Overclean.

Além disso, segundo a decisão, outro elemento que indica a obstrução é o fato que o empresário ordenou que valores recebidos pela MM Limpeza fossem utilizados antes das medidas para sequestro de bens ordenadas pela Justia no âmbito da Overclean.

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