O principal autor do trabalho, Eosu Kim, da Universidade Yonsei (Coreia do Sul), destaca que a demência se desenvolve por anos antes de ser identificada. “A administração do remédio poderia ser uma oportunidade para intervirmos antes que a doença avance”, diz.
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Menor risco
Os pesquisadores relatam que o risco de desenvolver Alzheimer caiu em 22% e 37% entre as pessoas que usaram a medicação por, respectivamente, dois e quatro anos. Vale lembrar que, atualmente, apenas pessoas com diabetes podem adquirir o remédio.
“Estudos anteriores de pessoas com demência ou em risco de desenvolvê-la, mas que não tinham diabetes, não obtiveram proteção e nem desaceleraram a demência. Portanto, é provável que um fator crítico que afeta a eficácia seja a presença de diabetes. Mais pesquisas são necessárias para confirmar essas descobertas”, reconhece Kim.
A pioglitazona possui efeitos colaterais como inchaço, perda óssea, ganho de peso e insuficiência cardíaca. A equipe de pesquisa ressalta a necessidade de novos estudos se concentrarem na segurança a longo prazo do medicamento, assim como na dose ideal dele.
Sinais e sintomas do Alzheimer
Idade, histórico de casos na família e pouco estímulo às atividades cerebrais estão entre os principais fatores de risco do Alzheimer. A doença pode dar sinais de alerta, como:
- Perda de memória recente;
- Dificuldade de realizar tarefas do cotidiano;
- Trocar objetos de lugar;
- Fazer a mesma pergunta várias vezes;
- Dificuldade para dirigir e encontrar caminhos conhecidos;
- Dificuldade para encontrar palavras que expressem ideias ou sentimentos;
- Irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade e passividade,
- Interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos,
- Tendência ao isolamento.