GERAL
Represamento do Rio Acre pode ser a solução para fim de alagações
O represamento do Rio Acre, retirada das famílias das áreas de risco para novas habitações, controle e fiscalização para que as áreas não sejam novamente habitadas, e a construção de áreas de lazer nessas áreas, não são sugestões novas para a questão das enchentes, porém, o tema foi novamente levantado na Assembleia Legislativa na sessão ordinária desta quarta-feira, 6.
O deputado Pedro Longo trouxe para o debate, um antigo projeto do ex-deputado Eduardo Farias e disse que as soluções não podem permanecer apenas no atendimento à população no período da enchente, mas que devem ser estruturais e definitivas.
Ele destacou ainda que os problemas das condições climáticas não são apenas nos momentos das alagações, mas em outros períodos também, como na seca.
“Eu queria trazer aqui uma perspectiva que foi iniciada pelo deputado Edvaldo Magalhães, e acho que por outros colegas também, que é a gente passar e encarar esse tema sobre a perspectiva de obras estruturantes, para que não fiquemos todo ano repetindo apenas o apoio, evidente que é necessário por solidariedade com cesta básica, material de limpeza, mas que nós pensamos em soluções estruturantes, que passam desde a mudança de algumas sedes municipais, mas eu queria também trazer um outro tema que já foi abordado aqui nessa casa e ele foi levantado por um ex-deputado Eduardo Farias, que tem a ver com controle de fluxo da vazão do Rio Acre, que poderia ser uma solução para que a gente tivesse durante a perspectiva das cheias pelo menos o monitoramento, e que pudesse haver um controle dessa vazão, e também no período da seca, nós poderíamos, com esse mesmo controle, ajudar a equacionar a questão do abastecimento da água da cidade de Rio Branco. Evidente que isso teria a ver com represamento do rio”, explicou Pedro Longo
O parlamentar explicou que já existem estudos nesse sentido, que tiveram início em 2015. Mas não descarta que trata-se de um tema polêmico.
“Nós temos na Agência Nacional de Águas um primeiro esboço desse estudo e temos relatórios apresentados à Secretaria de Urbanismo. Então qual é a ideia? Evidente que esse é um tema polêmico e que ele provoca debates intensos também, ele também tem um impacto ambiental, mas existem possibilidades serem minorados com inclusa, com outras alternativas. Existiria a possibilidade de se oferecer também dessa forma, uma área de lazer para população de Rio Branco”, diz Pedro Longo.
O deputado também disse que a solução, sozinha não dará conta de solucionar o problema, mas que é necessário fazê-la de forma integrada, e isso tem a ver com a construção de casas populares em lugares apropriados, com a fiscalização e esforço, para impedir que as áreas que forem desocupadas e que as pessoas foram levadas para locais de habilitação popular, não voltem a ser reocupadas. Para isso seriam construídos parques, além de outras possibilidades de áreas de esporte de lazer para que essas áreas não voltem a ser ocupadas. “E a gente não fique, como se diz o ditado, apenas enxugando o gelo todo ano tendo que repetir”.
Segundo o estudo do deputado Eduardo Farias, entre 2006 e 2013, o relatório de avaliação de danos chegava a R$ 500 milhões.
“Então, isso demonstra que por maior que sejam os investimentos em soluções como essa que nós estamos apresentando outras possíveis, que os técnicos a federação das indústrias estão dispostos a participar dessa equação, por maior que fossem os investimentos, ele seriam baixos, seriam pequenos, diante daquele esforço que o poder público toda vez realiza, somando as prefeituras, o Estado, o governo federal e os prejuízos que os particulares também tem que enfrentar com a compra de móveis, com a recuperação das suas residências, para quem sabe no próximo ano virem novamente a ser vitimados”, finalizou o parlamentar, deixando os colegas a vontade para entrar no debate.