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Reserva Chico Mendes está em risco e pressão iminente de desmatamento, diz Imazom
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou um estudo na última terça-feira (9) mostrando que, entre abril e junho de 2022, a Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, ocupou o segundo lugar no ranking entre as unidades de conservação (UC) federais sob o risco e pressão iminente de ocorrência de desmatamento.
O estudo, com dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), mostra ainda que houve aumento no desmatamento neste mesmo período se comparado com o ano passado.
Além da Resex Chico Mendes, o Acre tem ainda a Floresta Estadual Afluente do Complexo do Seringal Jurupari e a Floresta Estadual do Antimary (AC), ocupando o quarto e quinto lugar, respectivamente, entre as unidades de conservação estaduais sob ameaça e pressão por desmatamento.
O SAD de abril a junho de 2022 detectou um total de 4.102 km² de desmatamento na Amazônia.
Segundo o SAD, ameaça é a medida do risco iminente de ocorrer desmatamento no interior de uma AP. Utilizamos uma distância de 10 km para indicar a zona de vizinhança de uma área protegida (AP) na qual a ocorrência de desmatamento indica ameaça. Muitas APs resistem a esse tipo de ameaça não permitindo que o desmatamento penetre em seus limites. Já pressão é quando o desmatamento se manifesta no interior da AP, levando a perdas de serviços ambientais e até mesmo à redução ou redefinição de limites da AP. Ou seja, é um processo interno que pode levar a desestabilização legal e ambiental da AP.
A Resex foi criada em 1990, pouco mais de 1 ano após a morte de Chico Mendes, líder seringueiro assassinado em dezembro de 1988, em Xapuri, a mando de Darly Alves, um grileiro de terras da região. Desde sua criação, já perdeu mais de 6% de sua cobertura florestal.