GERAL
Revolta no Idaf: Comissionados sem qualificação ocupam cargos estratégicos
Servidores do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Acre (IDAF) expressaram forte repúdio às recentes mudanças legislativas que, segundo eles, comprometem a eficiência do órgão e a defesa agropecuária do estado. Em nota divulgada nesta terça-feira, 7, os servidores denunciam a falta de diálogo prévio e a nomeação de comissionados sem a qualificação técnica necessária para cargos de chefia e direção.
A principal crítica se concentra na possibilidade de substituir servidores efetivos, com formação e experiência comprovadas, por comissionados sem qualquer exigência de qualificação técnica. Essa prática, segundo a nota, coloca em risco a autonomia técnica e operacional do IDAF, podendo resultar em prejuízos significativos para a defesa agropecuária acreana.
Os servidores argumentam que as mudanças contrariam princípios de transparência e participação, essenciais para a construção de políticas públicas eficazes. A nota destaca a preocupação com a perda de conquistas importantes, como o reconhecimento internacional do Acre como Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação, conquista que pode ser comprometida pela falta de expertise técnica na gestão do órgão.
A nota sublinha a diferença crucial entre as atribuições dos cargos em níveis médio/fundamental (operacionais e de apoio) e os cargos de nível superior (planejamento, coordenação, supervisão, emissão de laudos técnicos, etc.). A nomeação de pessoas sem a qualificação adequada para cargos de chefia e direção representa um retrocesso, colocando em risco os avanços sociais e econômicos conquistados pelo estado.
Até o fechamento desta reportagem, o governo do estado não se manifestou sobre as críticas dos servidores.