GERAL
Segundo IBGE, Acre tem apenas 6,5% de vias com calçadas adequadas fora de favelas

RIO BRASIL (AC) — Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE no boletim “Favelas e Comunidades Urbanas: Características urbanísticas do entorno dos domicílios”, revelam que o Acre registra o menor desequilíbrio do país entre áreas com e sem favelas no que tange a calçadas sem obstáculos — mas isso não significa melhor infraestrutura, e sim um problema estrutural generalizado que afeta o dia a dia de milhares de pessoas.
Enquanto estados como Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul apresentam disparidades acentuadas (32,8% de calçadas adequadas fora de favelas contra 5,0% dentro, e 29,2% contra 1,4%, respectivamente), o Acre tem percentuais mais próximos: 6,5% dos moradores em áreas fora de favelas vivem em vias com calçadas adequadas, contra 3,2% dentro dessas comunidades urbanas.
O IBGE esclarece que essa menor diferença não é um indicador positivo, mas reflete que a precariedade na infraestrutura urbana atinge boa parte do estado, independentemente da classificação do território onde as pessoas residem. Para moradores, a falta de calçadas em boas condições gera dificuldades para caminhar, especialmente para idosos, pessoas com deficiência e famílias com crianças de colo — além de aumentar o risco de acidentes durante chuvas, quando as vias ficam enlameadas.
Em resposta aos dados, a secretaria de infraestrutura do Acre informou que está elaborando um plano de recuperação de calçadas para os próximos dois anos, com foco em áreas mais populosas do estado. O projeto prevê investimentos em materiais duráveis e a participação de comunidades na definição das vias a serem priorizadas, mas ainda não há data definida para o início das obras.









