Servidores do Meio Ambiente realizam cerimônia simbólica em luto pelo Rio Acre

Em um ato de protesto e conscientização, servidores do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), em greve desde o dia 24 de junho, promoveram uma emocionante cerimônia de velório simbólico do Rio Acre, na quinta-feira (11), em Rio Branco.

O grupo se reuniu entre a ponte Juscelino Kubitschek e a passarela Joaquim Macedo, no coração da capital, carregando um pequeno caixão, mordaças, faixas pretas e mensagens de apelo contra a precarização dos órgãos ambientais, expressando também o luto pela degradação da Amazônia. “O desmatamento e o assoreamento estão levando à morte do Rio Acre. Há anos alertamos sobre isso e não somos ouvidos. Se os impactos ambientais não forem contidos, o Rio Acre, fonte de água vital para toda a cidade, tem apenas cerca de 10 anos ‘de vida’, sem que políticas públicas efetivas sejam implementadas para resolver essa questão”, declarou Roberta Graf, presidente da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente, representando os servidores do IBAMA, ICMBio e Ministério do Meio Ambiente.

Para os grevistas, a negligência em relação aos problemas enfrentados nos rios do Acre, em especial no Rio Acre, reflete o descaso com os órgãos ambientais que parecem estar à margem das ações dos poderes públicos. “Todos os serviços ambientais estão paralisados ou quase paralisados, e o Governo Federal nos apresentou propostas inaceitáveis, encerrando prematuramente as negociações”, enfatizou Graf.