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STF suspende julgamento de Gladson Cameli no STJ após alegações de irregularidades

Brasília, DF – Uma reviravolta no caso do governador Gladson Cameli ocorreu nesta segunda-feira, 17, quando o Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a sessão de julgamento agendada para o dia 19 no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Cameli é alvo da Operação Ptolomeu, e a defesa do governador alega que a investigação da Polícia Federal (PF) apresenta sérias irregularidades.
Os advogados de Cameli impetraram um Habeas Corpus, argumentando que o inquérito foi direcionado desde o início. Originalmente tramitando na Justiça Federal de Cruzeiro do Sul, a investigação teria desencadeado uma série de diligências não autorizadas após surgirem indícios contra o Chefe do Executivo. Entre as ações questionadas, destacam-se relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) obtidos pelo delegado federal responsável pelo caso.
Em sua decisão, o Ministro Gilmar Mendes destacou a necessidade de intervenção do STF: “No caso em análise, a defesa do paciente insurge contra atos praticados pelo STJ, razão pela qual conclui-se pela instauração da Jurisdição desta Suprema Corte.” Mendes também enfatizou que o cerceamento do direito de acesso a provas consideradas essenciais para o julgamento do mérito da ação penal configura uma ameaça indevida à liberdade de locomoção, justificando a emissão do Habeas Corpus.
Além de suspender o julgamento, o Ministro determinou que o Ministério Público Federal (MPF), o COAF e a Polícia Federal apresentem, de forma imediata, os formulários que comprovem a obtenção das provas supostamente irregulares contra o governador. A decisão de Mendes abre um novo capítulo na Operação Ptolomeu e coloca em xeque a validade das provas apresentadas até o momento.









