Supermercados em Portugal colocam proteção antifurto em garrafas de azeite após aumento de preços

Não é só no Brasil que o azeite está caro. Em Portugal, supermecados passaram a colocar proteção antifurto nas garrafas do produto em decorrência do aumento de preços. A situação foi flagrada por uma reportagem do Fantástico, do último domingo, 27, que detalhou a alta do item.

Inclusive, foi lá em Portugal e na Espanha que se originou o aumento do azeite. Os dois países europeus são uns dos maiores produtores de azeite do mundo, sendo que a Espanha ocupa o primeiro lugar. Mas uma seca que atingiu a região nos últimos três anos diminuiu a produção de azeite e fez o preço disparar.

Aqui no Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o azeite ficou quase 50% mais caro nos últimos 12 meses. A previsão é que a partir de 2025 o preço comece a cair, já que aconteceu uma boa safra na Europa. Ainda assim, a queda não deve ser imediata.

Azeites proibidos

Nesse cenário de alta de preços, cresce também o mercado irregular de azeite. Na última terça-feira, 22, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou uma lista com 12 marcas de azeite consideradas impróprias para o consumo.

Segundo a pasta, as análises detectaram a presença de outros óleos vegetais não identificados na composição dos azeites, comprometendo a qualidade e a segurança dos produtos. Além disso, por causa da falta de clareza sobre a procedência desses óleos, os produtos representam risco à saúde dos consumidores.

“Algumas das empresas responsáveis por essas marcas estão com CNPJs suspensos ou baixados pela Receita Federal, o que reforça a suspeita de fraude. A comercialização desses produtos configura uma infração grave, e os estabelecimentos que continuarem a vendê-los poderão ser responsabilizados”, disse o Ministério da Agricultura e Pecuária, em comunicado.

Veja a lista de marcas de azeites proibidos:

Grego Santorini;
La Ventosa;
Alonso;
Quintas D’Oliveira;
Olivas Del Tango;
Vila Real;
Quinta de Aveiro;
Vincenzo;
Don Alejandro;
Almazara;
Escarpas das Oliveiras; e
Garcia Torres.

Para os consumidores que compraram essas marcas, a pasta ainda recomendou interromper o uso imediatamente e buscar a troca de acordo com o previsto no Código de Defesa do Consumidor.