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GERAL

Tesouros ancestrais: A corrida para tornar geoglifos acreanos patrimônio mundial

Publicado em

Foto: Uêslei Araújo/Sema

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) trabalha para que os geoglifos do Acre sejam reconhecidos como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Essas enigmáticas figuras esculpidas no solo, datadas de mais de dois mil anos, representam um importante sítio arqueológico e um potencial turístico significativo para o estado.

Mais de mil geoglifos já foram identificados no Acre, com 462 registrados oficialmente pelo Iphan. O Sítio Arqueológico Jacó Sá, tombado em 2018, exemplifica a riqueza e a complexidade dessas estruturas, formadas por valetas que criam figuras geométricas perfeitas, visíveis principalmente do alto. Testemunhos de proprietários locais, como Edmar Queiroz (Sítio Jacó Sá), Raimundo da Silva (“Tequinho”), e Severino Calazans, ilustram a descoberta acidental desses sítios, muitas vezes durante atividades agrícolas, e o posterior trabalho de pesquisa e preservação.

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A arqueóloga do Iphan, Antônia Barbosa, destaca a necessidade de mais pesquisas para compreender totalmente o significado desses geoglifos. Embora a hipótese mais aceita seja a de que serviam para cerimônias e rituais, a pesquisa com comunidades indígenas locais reforça a percepção da sacralidade desses locais.

O superintendente do Iphan no Acre, Stênio Cordeiro, enfatiza a importância do tombamento para a preservação e a promoção do turismo sustentável. O reconhecimento internacional pela UNESCO aumentaria a visibilidade desses sítios, atraindo turistas e gerando renda para a população local. A proximidade de vários geoglifos com Rio Branco, como o Baixa Verde II, o Severino Calazans, o Jacó Sá e o Tequinho, facilita o acesso e a visitação.

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A Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete) também reconhece o potencial turístico dos geoglifos, promovendo discussões sobre preservação e desenvolvimento econômico sustentável na região. A série “Ancient Apocalypse” da Netflix contribuiu para aumentar o interesse internacional nesses sítios arqueológicos.

A preservação dos geoglifos do Acre não é apenas uma questão de proteger o patrimônio histórico e cultural, mas também de garantir o desenvolvimento sustentável da região, combinando a riqueza arqueológica com o potencial turístico e a valorização da cultura local. O caminho para o reconhecimento pela UNESCO representa um passo crucial para assegurar o futuro desses sítios excepcionais.

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