Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

Teto dos medicamentos não impede venda com preços abusivos, diz Idec

Publicado em

Estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) acredita que qualquer porcentagem de aumento do teto dos medicamentos “não vai limitar que aumentos absurdos sejam aplicados em remédios nos próximos meses”.

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) definiu, nesta sexta-feira (31/3), o reajuste dos rémedios para o próximo ano. A partir de 1° de abril, haverá aumento de até 5,6%.

Para a coordenadora do programa de saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete, os resultados da pesquisa evidenciam ainda mais o problema da alta dos medicamentos no Brasil, onde “o teto de preços não cumpre a sua função de impedir aumentos abusivos”.

De acordo com o estudo, a diferença entre os preços dos remédios pesquisados em relação ao preço-teto (antes do reajuste) chega a, até, 936,39%, em valores feitos em compras públicas, e a 384,54%, naquelas realizadas pelos consumidores em farmácias.

Continua depois da publicidade

Ana Carolina enxerga que um preço-teto distante do valor de revenda nas farmácias “não cumpre a sua função, que é limitar aumentos abusivos”. Ela cita o caso da pandemia de Covid-19, com muitos medicamentos que tinham grande procura.

De acordo com a coordenadora, o Dolutegravir Sódico, usado no tratamento da infecção pelo HIV, que, em compras públicas do governo, custou R$ 123 a caixa no ano passado, mas tem preço-teto de R$ 1.274,76.

“Isso significa que, se do dia para a noite a farmacêutica aumentar em 10 vezes o preço da caixa, ela não vai estar infringindo a lei. Um absurdo como esse só ocorre em um mercado que, na prática, não tem regulação de preços no setor”, criticou Ana Carolina.

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress