Trata-se de uma doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasma gondii, encontrado em fezes do gato, na água ou em carne mal cozida, como de porco, por exemplo – que esteja contaminada pelo parasita.
A doença não costuma causar sintomas, como foi o caso da jovem de 19 anos que apenas foi diagnosticada com toxoplasmose por meio de um exame no início do pré-natal (29/1) colhido com seis semanas de gestação na Unidade Básica de Saúde (UBS) Esplanada dos Barreiros, em São Vicente, no litoral de São Paulo.
Apesar de não provocar sintomas na maioria dos casos, em pessoas com o sistema imune debilitado ou bebês filhos de mães que tiveram a doença durante a gestação podem ter quadros graves, como dificuldade para respirar, tontura ou confusão mental.
Os familiares da moradora de São Vicente alegam que o hospital municipal não acompanhou devidamente o caso, no entanto a prefeitura afirma que seguiu corretamente os protocolos.
“Avisaram que a gravidez dela era de risco, mas não refizeram o exame quando completou seis meses. Desde então, estávamos nessa correria de ir e voltar do hospital”, contou a prima da jovem, Sabrina Segecs. Segundo relato de Sabrina, a grávida tinha sangramentos, dores e muito inchaço.
Milena foi internada no domingo (19/9), quando um exame de tococardiografia ante-parto verificou que os batimentos cardíacos do bebê estavam fracos, mas o hospital decidiu aguardar o parto normal, e horas depois o bebê morreu.
Nesta segunda-feira (20/9), Milena foi internada e passou por uma cesárea, para retirar o bebê.
A família fez boletim de ocorrência no 3º DP de São Vicente e pediu exame necroscópico do bebê no Instituto Médico Legal (IML), para investigar a causas da morte.