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GERAL

Trabalho de recenseadores tem ameaças e dificuldades na região

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Desconfiança tem atrapalhado os recenseadores – Foto: Junior Guarnieri / LIBERAL

Os recenseadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsáveis pela coleta de dados de casa em casa para o Censo Demográfico 2022, relatam dificuldades na abordagem com os moradores de Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e, principalmente, de Americana.

A pesquisa começou no primeiro dia de agosto e segue até novembro. Entre os desafios encontrados estão ameaças de moradores, desconfiança e até pessoas que fingem que não estão na residência.

 

O LIBERAL acompanhou, na manhã desta quinta-feira, uma recenseadora, que não terá seu nome divulgado para preservar sua imagem, no São Manoel, em Americana. De quatro casas que a agente tocou o interfone ou bateu palma, apenas em uma foi atendida.

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À reportagem, o supervisor da profissional relatou que em condomínios de prédios, principalmente aqueles que não têm porteiros ou síndicos, na maioria das vezes os moradores rejeitam a entrevista.

“O recenseador interfona para o apartamento, o morador olha pela câmera, vê que é do IBGE e não atende”, comentou o profissional, que também não terá seu nome divulgado.

O coordenador de área do instituto nos três municípios, Elioenai Wilcesky Tosini Neves, explica que a grande maioria da população recebe bem os profissionais do órgão. No entanto, aqueles que vão contra, chamam a atenção da equipe.

“Nós precisamos recensear todo o município e, de fato, alguns moradores não respondem, seja por ignorância, seja por ideologia política ou por medo de ser golpe”, comenta.

Para abordar o morador, os agentes são treinados a se identificarem com o crachá, pela roupa e pelo número do órgão, mas mesmo assim, muitos não têm sucesso. “No Parque da Liberdade [em Americana], uma recenseadora não foi recebida e o morador ainda jogou um balde de água nela.

No Zanaga, o agente estava realizando a pesquisa em uma casa e um homem, vizinho, quis saber o que estava acontecendo. Ele saiu gritando na rua que não era para os moradores responderem, que aquilo se tratava de um golpe e que o profissional iria roubar as informações da população”, disse Elioenai.

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