GERAL
Trabalho escravo no Acre: Empregadores são expostos na lista suja
O Governo Federal divulgou a atualização da “lista suja” de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, incluindo 248 novos nomes de pessoas físicas e jurídicas. Com um total de 654 nomes, dois deles pertencem ao estado do Acre.
Adalcimar de Oliveira Lima e Sandro Ferreira da Silva são os empregadores acreanos listados, com propriedades localizadas em Lábrea, Amazonas, e Manoel Urbano, respectivamente. Essa inclusão representa a maior da história, superando a marca anterior de 204 empregadores adicionados. A lista abrange diversas atividades econômicas, com destaque para trabalho doméstico, cultivo de café e criação de bovinos.
A atualização semestral visa aumentar a transparência das ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão. A iniciativa, existente desde 2004, enfrentou desafios nos governos anteriores, mas foi restabelecida após determinação do Supremo Tribunal Federal. Os nomes dos empregadores só são incluídos após processo administrativo concluído e sem possibilidade de recurso, permanecendo na lista por dois anos.
Os casos no Acre também ganharam destaque, como a Operação Claver que resgatou oito pessoas em condições análogas à escravidão. Além disso, o Sistema Ipê permite denúncias remotas e sigilosas de trabalho escravo.