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Tratado de Petrópolis: saiba o que os acreanos comemoram neste momento histórico
Marcado no calendário estadual como feriado, o dia 17 de novembro celebra a assinatura do Tratado de Petrópolis, que aconteceu nesta mesma data em 1903, na cidade que dá nome ao acordo, no Rio de Janeiro. Na época, o ministro das relações exteriores José Maria da Silva Paranhos, conhecido como Barão do Rio Branco, tornou oficial a anexação do Acre ao Brasil.
Com a assinatura do documento, o Acre deixou de ser território boliviano e passou a ser brasileiro.
“O Tratado de Petrópolis foi um novo tratado realizado pelo Governo do Brasil, a para por fim ao conflito que já se arrastava há 4 anos entre os brasileiros que moravam aqui e os bolivianos. Como a situação não se resolvia e os graves conflitos permaneciam, então os governos resolveram redefinir as fronteiras”, explica o historiador Marcos Vinicius Neves.
Segundo o historiador, o tratado é importante para os acreanos e por isso é comemorado, visto que sem as guerras que levaram ao tratado e o próprio acordo, o território que hoje é referente o Estado do Acre, ainda seria território boliviano e peruano.
“A gente deve a existência do Estado do Acre como estado brasileiro à toda elaboração do Tratado de Petrópolis e também o Tratado do Rio de Janeiro, feito com o Peru em 1909”, explica.
Grandes envolvidos
O historiador conta que durante o governo do presidente Campos Salles, de 1898 e 1902, os brasileiros que moravam no território que hoje é o Acre, foram deixados à sorte. No ano seguinte, com o presidente Rodrigues Alves, o diplomata José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco, foi nomeado chanceler e ministro das relações exteriores.
Com o envolvimento do Barão do Rio Branco e a pressão social, principalmente dos brasileiros que moravam no território, a questão do Acre foi resolvida “de forma hábil”.
“O Tratado de Petrópolis foi um marco, não só para esta questão da fronteira, mas também para outros tratados que o Brasil viria a fazer depois. Tem uma importância muito grande para o povo acreano mas também para a própria diplomacia brasileira, porque criou condições para que o Barão do Rio Branco resolvesse depois outras questões e consolidasse esse país como a gente conhece hoje, com as atuais fronteiras, do ponto de vista da América Latina, e geopolítica”, acrescenta.