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GERAL

Veja como mulher enganou o Exército por 33 anos e foi condenada a devolver R$ 3,7 mi

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Ana Lucia Galache falsificou documentos para receber pensão especial Foto: Reprodução/Metrópoles

Ana Lucia Umbelina Galache de Souza foi condenada em outubro deste a devolver aos cofres públicos mais de R$ 3,7 por ter recebido de forma indevida uma pensão como filha solteira de um militar. A mulher enganou o Exército Brasileiro por pouco mais de 34 anos, entre 1988 e 2022.

A condenação foi publicada no dia 2 de outubro, pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Além da quantia que terá que devolver, Ela também está impedida de exercer cargos em comissão ou função de confiança pelos próximos 8 anos.

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A avó de Ana Lucia, Conceição Galache, fraudou a certidão de nascimento dela para que ela se passasse por filha do ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) Vicente Zarate, que atuou na Segunda Guerra Mundial. Contudo, ele era seu tio avô e não tinha filhos.

De acordo com o ação penal, todo o processo ocorreu da seguinte forma:

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25 de setembro de 1986, quando Ana Lucia Umbelina Galache de Souza ainda era menor de idade, foi registrada como filha de Vicente Zarate, e seu nome foi alterado para Ana Lucia Zarate, com suposto nascimento em 06/06/1970. A pensão seria repassada mensalmente para Conceição Galache;

17 de outubro morre Vicente;
Em 5 de janeiro de 1989 ela requereu sua habilitação à pensão especial na condição de filha, e passou a receber o valor integral da graduação de Segundo Sargento;
Dezembro de 2021, Conceição estava descontente com o valor repassado por Ana e exigiu R$ 8 mil, caso contrário, a denunciaria. A avó fez o boletim de ocorrência junto a Polícia Civil e informou à administração Militar que ela não era filha e sim sobrinha-neta de Vicente;

Em 14 de maio de 2022, Conceição faleceu e não foi ouvida nas investigações;
29 de setembro deste mesmo ano, após as investigações, o Ministério Público Militar apresentou a denúncia contra ela;
No mesmo mês, a Defensoria Pública da União apresentou recurso, afirmando que Ana Lucia não teve dolo na fraude, pois era menor de idade quando foi registrada, mas segundo a decisão da Justiça, “com mais de 18 anos de idade, a própria acusada assinou requerimento solicitando ao Exército a pensão especial. Portanto, quando fez o requerimento de pensão, acompanhado de documentação falsa, agiu com vontade e consciência de enganar a Administração Militar para receber um benefício a que não tinha direito”;

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Em 7 de dezembro de 2022 Ana foi ouvida e confessou o crime, dizendo que seu nome era Ana Lucia Umbelina Galache. Que sabia que Vicente era seu tio-avô e que estava arrependida;
Em fevereiro de 2023, ela foi condenada a pagar R$ 3.723.344,07 por reparação do dano causado à União;
Defensoria Pública da União (DPU) recorreu da condenação de Ana Lucia;
Em 19 novembro de 2024, o Tribunal Superior Militar (TSU) decidiu por manter a condenação. A Defensoria Pública ainda não de manifestou.

 

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