Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

Vigilantes denunciam contrato de R$ 60 milhões do Governo do Acre com empresa de segurança de SP

Publicado em

O Sindicato dos Vigilantes do Estado do Acre denunciou o Governo do Acre, que, através da Secretaria de Estado de Educação (SEE), contratou uma empresa de São Paulo para realizar o serviço de monitoramento escolar, pelo valor de R$ 61.893.080.

Para os vigilantes, além de o valor do contrato ser muito alto e não resolver o problema de segurança das escolas, visto que a empresa sequer é do Acre, ainda há o risco de uma demissão em massa dos trabalhadores em vigilância no Estado.

A empresa foi contratada através de um pregão, conforme publicação no Diário Oficial, pelo valor de R$ 61.893.080, para prestar serviço por 12 meses à Secretaria de Educação.

Continua depois da publicidade

Segundo Nonato Santos, presidente do Sindicato dos Vigilantes, a SEE já possui monitoramento próprio, e em algumas escolas já há segurança. “Esse valor daria para contratar 857 vigilantes para todas as escolas. O detalhe é que esse valor é apenas para a metade das escolas, cerca de 320, sendo que são 617 em todo o Estado”, explicou Nonato.

De acordo com dados do sindicato, apenas Rio Branco e Cruzeiro do Sul possuem vigilantes de forma física; nos outros municípios, o monitoramento é feito somente através de câmeras.

“Para se ter uma ideia do absurdo, algumas empresas locais já tinham contrato para monitoramento em algumas escolas, com valor mensal de R$ 4.227,27. Já essa nova empresa, que ganhou o pregão para prestar esse serviço, receberá o valor de R$ 16.065,90 por mês, o que é muito alto”, disse Nonato.

Além do valor, que o sindicato considera abusivo, o medo da categoria é de uma demissão em massa, além da ineficiência do serviço, visto que a empresa está localizada em São Paulo.

“E quando houver alguma situação na escola e eles virem pelas câmeras, lá em São Paulo, o que vão fazer? Ligar para a segurança pública aqui, acionar a PM? Isso não faz sentido. E as dezenas de trabalhadores que correm o risco de serem demitidos, sendo que esse valor daria para contratar 817 profissionais vigilantes para cobrir todas as escolas do Estado? Não vamos ficar parados, vamos acionar os órgãos que forem necessários para verificar essa situação”, concluiu o presidente do Sindicato dos Vigilantes.

O espaço segue aberto caso a SEE queira se manifestar sobre o assunto.

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement