GERAL
Voluntária que ajudava no Parque de Exposições acusa assessor do prefeito de atacá-la a chamando de cachorra
A voluntária da causa animal, Camila Flor, usou suas redes sociais para denunciar a agressão verbal que sofreu, na última segunda-feira, 27, por Arthur Neto, um dos assessores do prefeito Tião Bocalom.
Segundo Camila, ela teria passado a tarde ajudando no resgate animal no Parque de Exposições, quando Arthur chegou e ela perguntou pelo prefeito e ele disse que ele tinha ido no dia anterior.
“Eu disse que não sabia e ele começou a falar que a população não dá valor, não quer ver e eu tranquilo, né? Ele é assessor do Bocalom”, disse a voluntária, que ainda chegou a perguntar se eles teriam ido fiscalizar para saber o que eles precisam para cuidar dos animais.
No vídeo, ela conta ainda que falou que precisava de coleiras e correntes, já que os animais estavam sendo presos em barbantes.
“Chegou uma doação de coleiras que eu tinha pedido e eu disse: ‘ah, chegou as coleiras’ e saí e ouvi ele falando coleira. E ficou nessa roda a Vanessa Facundes e acho que mais umas duas pessoas do gabinete dele e o rapaz da zoonoses e ele falou: ‘porque você não coloca uma coleira em você?’ ‘Tem que colocar uma coleira nessa menina, porque ela é um animal, arruma uma baia pra ela’. Eu não ouvi, mas a Vanessa chegou e falou”, explica.
Nas imagens, Camila confronta Arthur e pede para que ele a chame da cachorra na frente dela. Ele desconversa e seus subordinados entram na frente para evitar que ela se aproxime.
A voluntária diz ainda que, após a situação, uma equipe com oito policiais a encurralou, em um momento que estava só, para saber se era ela quem estava causando tumulto de fazendo gravações impróprias.
Na publicação, a advogada que ouviu o que o assessor falou, se manifestou: “Eu sou testemunha da agressão desse cara contra a Camila, isso é violência de gênero! Ridículo! As providências serão tomadas”, escreveu.
Quem também se manifestou no post foi o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) que se colocou à disposição, por meio do Centro de Atendimento à Vítima (CAV).
A reportagem entrou em contato com a assessoria da prefeitura de Rio Branco para saber se eles iriam se manifestar em relação a denúncia, mas não obteve resposta.
Parceiro de Arthur procura voluntária
Um homem identificado como Ricardo Júnior, comentou na publicação da voluntária e também foi em seu direct perguntar onde ela queria chegar com isso.
“Aonde vc quer chegar com isso? Vc realmente acha que quem conhece o Artur acredita que ele seria capaz disso que vc está compartilhando??? Isso cabe processo e vc vai ter que responder e provar suas acusações. Vc pensa que internet é terra e lei mas não é não. Vá procurar se capacitar que é mais digno e mais bonito do que sair criando e compartilhando desinformação, além de que dá processo [sic]”.
Ao ser questionado por Camila que seria ele, o homem se idêntica como parceiro do assessor e ele não é 1% do que ela fala.
“Prazer, eu sou o parceiro do Artur. Conheço ele há 10 anos, e assim como eu uma legião de pessoas tbm. E conheço ele mais ainda pelo fato de dormir e acordar com ele, sei que nem 1% do q vc fala é vdd [sic]”, escreveu.
Por fim, Ricardo diz que ela não os conhece e que seria um desprazer conhecê-la.