Zoneamento climático para cultivo de mamona no Acre; um avanço para o agronegócio

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou um importante passo para o desenvolvimento sustentável da agricultura acreana: a liberação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para o cultivo da mamona na safra 2025/2026. Esta iniciativa, formalizada pela Portaria SPA/MAPA nº 335, publicada no Diário Oficial da União em 12 de junho de 2025, representa um guia crucial para os produtores, minimizando riscos e otimizando a produção dessa oleaginosa de crescente importância econômica.

Benefícios do ZARC para o Produtor Acreano:

-Redução de Riscos: O ZARC identifica os períodos e áreas mais adequados para o plantio, considerando fatores climáticos e edafológicos (do solo), minimizando perdas devido a condições desfavoráveis. A análise leva em conta a suscetibilidade ao mofo cinzento, doença frequente em períodos chuvosos.
-Orientação Técnica: A portaria fornece diretrizes claras sobre cultivares recomendadas (registradas no RNC), tipos de solo adequados (arenosos, médios e argilosos), e a importância do uso de tecnologias agrícolas adequadas e acompanhamento técnico para o controle de pragas e doenças.
-Planejamento Eficiente: O acesso a informações precisas sobre clima e solo permite um planejamento mais eficiente da produção, otimizando recursos e maximizando a produtividade.
-Sustentabilidade: A recomendação de plantio em áreas de uso consolidado, respeitando o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da Lei Estadual nº 1.904/2007, promove práticas agrícolas sustentáveis.

Metodologia do ZARC:

O ZARC utiliza um modelo robusto que considera:

-Dados Climáticos: Dados históricos de precipitação e temperatura de mais de 3.700 estações pluviométricas, com séries temporais de pelo menos 15 anos.
-Características do Solo: Análise das propriedades do solo para determinar sua adequação ao cultivo da mamona.
-Fases Fenológicas: Consideração das diferentes etapas de desenvolvimento da planta para determinar o melhor momento para o plantio.
-Índices de Risco: O modelo define níveis de risco de 20%, 30% ou 40% para cada período de semeadura.

A portaria define como aptos os municípios com, pelo menos, 20% de seu território apresentando condições climáticas e de solo adequadas. Os produtores interessados devem consultar o Painel de Indicação de Riscos no site do MAPA, fornecendo informações sobre a safra (2025/2026), cultura (mamona), tipo de manejo (sequeiro), tipo de solo e grupo de ciclo da cultivar.

A publicação do ZARC para a mamona no Acre representa um avanço significativo para o setor agrícola do estado. Ao fornecer informações precisas e orientações técnicas, o MAPA contribui para a mitigação de riscos, o aumento da produtividade e o desenvolvimento sustentável da produção de mamona, impulsionando o agronegócio acreano. A iniciativa demonstra o compromisso do governo em apoiar os produtores rurais e promover a agricultura moderna e eficiente.