MUNDO
Após quase 50 anos no corredor da morte, homem é executado nos EUA

O veterano de guerra Richard Gerald Jordan, de 79 anos, foi executado por injeção letal na quarta-feira, 25, após quase 50 anos no corredor da morte em uma penitenciária no Mississippi (EUA).
Ele foi preso em janeiro de 1976 depois de sequestrar e matar Edwina Marter, de 35 anos, numa tentativa frustrada de conseguir dinheiro pelo resgate da mulher. Edwina, que era mãe de dois filhos, foi baleada na nuca horas antes de seu marido pagar o resgate de US$ 25.000 (cerca de R$ 137.665).
De acordo com informações do USA Today, ele se tornou o 25º preso executado nos Estados Unidos apenas este ano. O número é igual ao total de execuções em todo o ano passado. “Gostaria de agradecer a todos aqui pela forma humana de fazer isso. Quero me desculpar com a família. Não esquecer, mas perdoar”, disse Jordan minutos antes de ser morto.
Em petição apresentada no dia 16 de junho, o veterano de guerra afirmava que “o Vietnã o mudou para sempre”, o que o levou a se tornar um homem traumatizado. Segundo o documento, Jordan serviu em três missões de combate, totalizando 33 meses.
Os jurados do julgamento do homem alegaram nunca ter ouvido sobre seu serviço na guerra e sobre o possível estresse pós-traumático, o que poderia tê-lo poupado da pena de morte.
No entanto, ele também foi descrito como um “assassino ganancioso” e de “sangue frio”, tendo em vista que pediu o dinheiro do resgate para o marido de Edwina mesmo com ela já morta.
A CBS News pontuou que a morte de Jordan foi a primeira em três anos no estado do Mississippi. Na época do sequestro de Edwina, Jordan tinha ligado para o Gulf National Bank e havia pedido para falar com um agente de crédito.
Ele foi informado de que Charles Marter, marido de Edwina, poderia conversar com ele sobre o assunto. Ele encontrou o endereço residencial de Charles em uma lista telefônica e foi até a casa do banqueiro, onde acabou sequestrando a mulher, com o intuito de ficar com o dinheiro do resgate.
Em suas últimas palavras, Jordan agradeceu Marsha, sua esposa. A mulher estava na primeira fila da área de observação da execução por injeção letal. “Eu te amo. Vejo todos vocês do outro lado. Obrigado”, concluiu.
