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MUNDO

Arcebispo brasileiro relembra último encontro com papa e afirma: ‘Não haverá outro Francisco’

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O cardeal brasileiro Odilo Scherer detalhou, na manhã desta segunda-feira, 21, seu último encontro com o papa Francisco, que morreu aos 88 anos no Vaticano. Além disso, revelou que Francisco era um excelente ouvinte e falava pouco, mas, quando o fazia, suas palavras traziam grande sabedoria.

“Naturalmente, tive muitos contatos com o papa, mas esses encontros não eram para tomar um cafezinho e contar histórias. Eram, sobretudo, reuniões formais. No entanto, tive algumas conversas mais prolongadas e pessoais com o papa Francisco, e foram muito enriquecedoras. Como sempre, ele ouvia muito e depois falava com profunda sabedoria. Falava, não é? Com poucas palavras, mas muito orientadoras. Suas declarações sempre surpreendiam”, relatou Scherer.

O último encontro entre ambos ocorreu pouco antes da internação do pontífice, em meados de 12 de fevereiro de 2025. Na ocasião, Odilo Scherer e outros padres participaram de uma audiência em Roma, e a aparência do papa os impressionou.

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“Me chamou a atenção o quanto ele estava abatido. Fiquei muito impactado. Mesmo assim, cumprimentou o povo com algumas palavras e pediu desculpas por não poder ler pessoalmente a mensagem que havia preparado. Dois dias depois, ele foi hospitalizado com pneumonia. Guardo com muito carinho a memória desse último encontro, dessa última audiência com ele”, disse o cardeal.

Odilo Scherer, que tem menos de 80 anos, afirmou que pretende viajar a Roma para acompanhar o funeral do papa Francisco e participar da organização do conclave. “Ainda não recebi informações oficiais, mas tudo deve ocorrer nos próximos dias”, declarou.

Já cogitado no passado como possível sucessor ao trono de Pedro, o arcebispo de São Paulo comentou, com discrição, sobre a possibilidade: “Todos têm o direito de torcer, mas nada é garantido”, disse, evitando especulações.

Scherer ressaltou aos fiéis que não esperem um “Francisco II”. Embora o próximo papa possa adotar o mesmo nome, seu pontificado terá características próprias. “O que ninguém deseja é um papa a favor da guerra ou que não cuide dos pobres”, afirmou.

“O próximo papa será alguém que zelará pela vida e pela missão da Igreja. Será uma pessoa humana, não um robô, e governará com seu próprio estilo, caráter e capacidade. Por isso, estejamos abertos para acolhê-lo”, concluiu.

Segundo a imprensa especializada, seis nomes têm sido frequentemente citados como possíveis candidatos: Robert Sarah, Péter Erdő, Matteo Maria Zuppi, Pietro Parolin, Jean-Marc Aveline e Luis Antonio Tagle. No entanto, não há certeza de que o eleito estará entre eles.

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