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MUNDO

Ataques se intensificam em Gaza; palestinos falam em crianças mortas

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Em meio à desocupação do norte da Faixa de Gaza, Israel segue com ataques na área. Autoridades da Palestina denunciam que mísseis israelenses teriam matado civis que deixavam a região do conflito e que, entre as vítimas, havia mulheres e crianças.

Nessa sexta-feira (13/10), segundo informações da agência BBC News, um comboio de palestinos foi atingido por um míssil israelense ao sair da cidade de Gaza. A rede britânica teve acesso a um vídeo que mostra ao menos 12 corpos, inclusive de crianças.

O ataque ocorreu na rua Salah Al-Din, uma das duas rotas indicadas pelo governo israelense para fuga de civis. Além disso, a área tinha tráfego intenso durante todo o dia, segundo a BBC, pois palestinos obedeciam a ordem de deixar a região norte da Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde da Palestina responsabilizou Israel pelo ataque e afirmou que a ação deixou ao menos 70 mortos. As forças de segurança israelenses informaram que vão investigar a situação.

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Os ataques ocorrem em meio à determinação do Exército de Israel de que a área norte da Faixa de Gaza fosse desocupada em pouco mais de 24 horas, o que levantou fortes possibilidades de haver uma invasão por terra de grandes proporções na Palestina.

Ainda na sexta-feira (13/10), militares de Israel entraram na Faixa de Gaza para recuperar reféns e destruir estruturas associadas ao grupo extremista Hamas, segundo o jornal israelense Haaretz.

ONU alerta para desocupação

A Organização das Nações Unidas (ONU) reagiu à determinação e disse que seria impossível deslocar 1,1 milhão de pessoas da região sem “consequências humanitárias devastadoras”.

A ONU comunicou, ainda, que o secretário-geral da organização, António Guterres, estava em contato com Israel para tentar reverter “uma tragédia humanitária”. A informação foi repassada pelo porta-voz da instituição, Stéphane Dujarric.

O prazo de desocupação, até então limitado a sexta-feira (13/10), acabou estendido até as 10h da manhã deste sábado (14/10), pelo horário de Brasília. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Avichay Adraee, que anunciou a medida, detalhou rotas pelo sul do território para saída dos civis.

Acirramento do conflito

O conflito na região escalou no último sábado (7/10), após um ataque do grupo radical Hamas. Desde então, Israel iniciou uma série de bombardeiros na Faixa de Gaza. O número de mortos de ambos os lados passa de 3 mil.

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Entre as vítimas, há três brasileiros: Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes. Eles estavam em uma rave realizada em uma área próxima à Faixa de Gaza. O ataque dos extremistas do Hamas ao festival deixou 260 mortos.

No mesmo dia, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu iniciou a Operação Espadas de Ferro e convocou reservistas do Exército. “Vamos lutar com um poder que o inimigo ainda não conhece”, declarou.

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